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segurança alimentar

Brasil sai novamente do Mapa da Fome, mas insegurança alimentar ainda atinge milhões

Entretanto, especialistas alertam: estar fora do Mapa da Fome não significa que a fome acabou no país

Por Pereira Jr. • Articulista Polí­tico

23/09/2025 às 14:20

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Imagem o desafio interno permanece expressivo

o desafio interno permanece expressivo ‧ Foto: Estevam Costa/PR - Gov

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O chamado Mapa da Fome, elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), tem como critério central a taxa de subalimentação crônica de um país. Para que uma nação seja excluída da lista, é necessário que esse índice fique abaixo de 2,5% da população.

Foi exatamente esse patamar que o Brasil atingiu em 2014, durante o governo Dilma Rousseff, quando saiu pela primeira vez do levantamento. No entanto, a crise econômica e, posteriormente, os impactos da pandemia recolocaram o país na estatística mundial da fome.

Agora, de acordo com relatório divulgado pela FAO em 2025, a média de 2022 a 2024 voltou a ficar abaixo do limite exigido, fazendo com que o Brasil seja retirado, mais uma vez, do Mapa da Fome. O reconhecimento é significativo no cenário internacional, pois demonstra uma melhora nos indicadores globais de segurança alimentar.

Entretanto, especialistas alertam: estar fora do Mapa da Fome não significa que a fome acabou no país. Pesquisas nacionais, como o inquérito da Rede Penssan, apontam que milhões de brasileiros ainda enfrentam insegurança alimentar grave, sem a garantia de ter o que comer no dia seguinte.

Ou seja, apesar de a conquista reforçar a relevância de políticas públicas e programas de combate à fome, o desafio interno permanece expressivo. O reconhecimento da FAO é um avanço, mas a erradicação completa da fome no Brasil continua sendo uma tarefa urgente para governos, sociedade civil e instituições.

Por Pereira Júnior

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