11/09/2025 às 17:53
Deputado Estadual, Adriano Galdino ‧ Foto: divulgação
O presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), deixou claro nesta quinta-feira (11) que pretende ser um protagonista na sucessão estadual de 2026. Ao reafirmar sua pré-candidatura ao governo da Paraíba, o parlamentar enviou um recado direto: não aceitará papel coadjuvante nem se submeterá às velhas lideranças que dominam a cena política, como João Azevêdo, Ricardo Coutinho e Cícero Lucena.
A postura de Galdino espelha sua estratégia de construir uma candidatura de perfil autônomo, sustentada em pautas sociais. Ele enfatizou que a educação pública e a valorização dos mais pobres serão as prioridades de um eventual governo: “Nosso estado só avança quando o governo olha para o povo mais humilde”, declarou. O discurso o aproxima do eleitorado tradicionalmente ligado à esquerda, mas também amplia seu alcance como alternativa fora do eixo das lideranças já consolidadas.
Internamente, a pré-candidatura de Galdino testa a coesão do Republicanos, partido presidido no estado por Hugo Motta, e que também aponta para o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), nome natural para a sucessão governista. Ao se lançar, Galdino mostra força própria, mas ao mesmo tempo pressiona o partido a definir se terá candidatura única ou se caminhará dividido.
Outro ponto de destaque foi a menção ao apoio do presidente Lula, considerado por Galdino como determinante para a viabilidade eleitoral. A aproximação pode garantir musculatura junto ao eleitorado mais popular, mas cria dilemas: como conciliar um partido que, em nível nacional, dialoga também com o campo conservador? Essa equação pode ser um dos maiores desafios da sua estratégia.
Ao anunciar que só tomará uma decisão definitiva em dezembro, após avaliar seu desempenho nas pesquisas, Galdino mantém espaço para negociação e barganha política. A movimentação reforça sua posição no tabuleiro como peça de equilíbrio: se confirmar a candidatura, pode fragmentar a base governista; se recuar, pode se tornar aliado indispensável em uma composição mais ampla.
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