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Qualificação

Formação qualifica profissionais da Saúde para o atendimento de migrantes e refugiados

A formação está sendo ministrada por técnicos do Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara e Fundação Nacional dos Povos Indígenas, das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde

Por Redação do Reporterpb

26/08/2025 às 19:56

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Formação qualifica profissionais da Saúde para o atendimento de migrantes e refugiados ‧ Foto: Divulgação

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Com o objetivo de qualificar os profissionais que atuam nas redes municipal e estadual de saúde para atendimento do público migrante e refugiado indígena da etnia Warao, começou nesta terça-feira (26) e segue até quinta-feira (28), no auditório 1, do Espaço Cultural José Lins do Rego, um curso de formação buscando a qualificação e o aprimoramento desse atendimento. A formação está sendo ministrada por técnicos do Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara (DSEI Potiguara) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), das Secretarias Estadual (SES) e Municipal de Saúde (SMS), em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano (Sedh), por meio do Centro Estadual para Migrantes e Refugiados (Cermir).    

No curso, representantes dos indígenas Warao e profissionais do Cermir poderão relatar as principais dificuldades enfrentadas no atendimento aos Waraos, população que possui cultura e costumes próprios, na atuação dos processos de saúde e doença, e a partir de relatos buscará se construir um mapa visual das dificuldades enfrentadas pelos Warao e fazer um link com as dificuldades encontradas pelos profissionais,  buscando maneiras de aprimorar o atendimento e a prestação desses serviços à essas populações.

Segundo Eduardo Brunello, técnico da Gerência Executiva de Direitos Humanos da Sedh, “o objetivo é promover uma formação focada em saúde integral para o povo indígena Warao visando assegurar o acesso e a garantia dos direitos dos indígenas às unidades de saúde, hospitais, UPAs e UBSs, promovendo um atendimento que respeite suas particularidades culturais. Além disso, busca-se aprimorar a acolhida e a sensibilidade dos profissionais de saúde durante os atendimentos. Portanto, o foco desta capacitação é desenvolver estratégias que fortaleçam os atendimentos e garantam o acesso à rede de saúde, com base nas necessidades específicas identificadas”.

“Considerando a importância da qualificação dos serviços de saúde para o povo indígena, o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) foram solicitados a conduzir a formação, com base em sua experiência no atendimento a comunidades tradicionais e povos indígenas. O objetivo é aprimorar os serviços, reconhecendo que a população indígena possui preceitos culturais que exigem abordagens diferenciadas”, destacou ainda Eduardo.

Para o coordenador regional da Funai no Estado, Eugênio Herculano, o curso é um marco na história da cidade de João Pessoa e do Estado da Paraíba. “Pela primeira vez estamos conseguindo realizar esse evento, unindo o conhecimento científico com os conhecimentos tradicionais da cultura indígena. Temos a oportunidade nesse momento de somar, não só na questão técnica, no diz respeito ao apoio do Governo Federal, por meio da Funai, com o conhecimento dos agentes de saúde que já estão trabalhando em áreas com outros povos indígenas. O povo Warao chegou no Brasil, alguns com status de refugiado, outros com status de Indígenas. Mas, independentemente da condição de entrada no Brasil, é importante destacar que é uma questão humana, proporcionarmos a eles o direito, o mínimo de assistência à sua saúde, por meio de uma qualidade melhor, tanto de assistência à saúde, como também entender a questão de especificidade cultural e da religiosidade que eles praticam também”, afirmou o coordenador.

A indígena potiguara, nutricionista e representante do DSEI Potiguara, Mikaelly Soares, ressaltou que esse evento é de extrema importância, pois o povo indígena possui suas particularidades, tem suas especificidades, e não são do nosso país. “Na verdade, aqui, estão em contexto de refugiados. Mas enquanto o povo Warao, eles têm uma particularidade diferente dos nossos demais brasileiros. Então é importante ter essa conversa, esse alinhamento, juntamente com as equipes de Estado e município, para que entendam que é necessário um olhar especial para atendê-los de uma maneira como o nosso SUS pede, que é atendê-los de uma maneira específica e igualitária. Então é necessário primeiro entender a especificidade deles. Escutá-los, entender toda a dificuldade e tudo que fez eles virem ao nosso território para que de fato a gente possa atendê-los de uma maneira considerável”, finalizou Mikaelly.

Fonte: Secom

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