23/05/2025 às 08:30
A Polícia Civil de São Paulo indiciou nesta quinta-feira (22) o presidente do Corinthians, Augusto Melo, por furto, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele e outros três investigados são acusados de irregularidades no contrato de R$ 360 milhões firmado entre o clube e a casa de apostas Vai de Bet.
Segundo as investigações, parte da comissão de R$ 25 milhões paga a uma empresa intermediária foi repassada à UJ Football Talent, apontada como ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A empresa, controlada por Danilo Lima de Oliveira, conhecido como "Tripa", nega qualquer vínculo com o crime organizado.
Além de Augusto, também foram indiciados o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura e Alex Cassundé, dono da Rede Social Media Design — empresa que recebeu a comissão de intermediação. De acordo com a polícia, Cassundé não atuou efetivamente na negociação, mas foi inserido no processo de forma deliberada para possibilitar o desvio de recursos, com o conhecimento dos dirigentes do clube.
O inquérito aponta que os dirigentes agiram em conluio para afastar os verdadeiros responsáveis pela viabilização do contrato e favorecer o grupo envolvido. A suspeita é de que a operação tenha beneficiado financeiramente aliados políticos de Melo, incluindo pessoas ligadas à sua campanha à presidência do clube.
Em nota, a defesa de Augusto Melo contestou o indiciamento e afirmou que o presidente apenas intermediou a proposta de patrocínio, que passou por avaliação e aprovação dos setores competentes do clube. O Corinthians, por sua vez, alegou que é vítima na investigação e que cumpre suas obrigações contratuais com transparência.
O contrato com a Vai de Bet está no centro do processo de impeachment enfrentado por Melo no Conselho Deliberativo do clube.
Fonte: Repórter PB
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