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concurso público

Concurso público vira centro de disputa entre vereadores e aprovados em Bayeux

A CPI terá 120 dias de funcionamento e será presidida pelo vereador Nildo da Casa Branca

Da Redação Repórter PB

23/05/2025 às 09:48

Imagem Cãmara Municipal de Bayeux

Cãmara Municipal de Bayeux ‧ Foto: Divulgacão

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A Câmara Municipal de Bayeux decidiu, de forma unânime, pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar a legalidade e os procedimentos adotados no concurso público realizado em 2023, ainda sob a gestão da ex-prefeita Luciene Gomes. A deliberação foi motivada por novas denúncias envolvendo suspeitas de direcionamento e favorecimento de candidatos com vínculos à antiga administração.

A CPI terá 120 dias de funcionamento e será presidida pelo vereador Nildo da Casa Branca, com relatoria de Eloah Felinto e participação da vereadora Roseane Sarinho. O foco principal da apuração recairá sobre a conduta da comissão organizadora do concurso, a relação de alguns aprovados com ex-secretários municipais e a eventual responsabilidade da ex-gestora no processo seletivo.

O estopim para a abertura da investigação legislativa foi o surgimento de novos elementos apresentados por um jornalista investigativo, que sustenta a existência de irregularidades antes mesmo da aplicação das provas, além de supostos vínculos entre aprovados e figuras públicas ligadas ao núcleo político da ex-prefeita.

Paralelamente, aprovados no concurso manifestaram-se de forma contrária à abertura da CPI, alegando que a iniciativa tem motivação política e representa uma tentativa de deslegitimar um certame já auditado por órgãos de controle externo, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB). Eles também ressaltam que uma decisão da Justiça, a pedido do Ministério Público da Paraíba, determinou a convocação dos classificados e a substituição de servidores temporários.

Em meio ao impasse, cresce a pressão sobre o Executivo municipal quanto ao cumprimento da decisão judicial, enquanto o Legislativo defende a necessidade de esclarecer todos os pontos obscuros do processo, inclusive a atuação da comissão responsável pelo concurso.

A instalação da CPI reacende a polarização entre os grupos políticos da cidade e poderá ter impacto direto sobre o andamento das nomeações e o debate institucional sobre a lisura do certame.

Fonte: Repórter PB

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