Pressionado por aliados, João Azevêdo mantém mistério sobre cabeça de chapa para 2026: “Data, só a do Natal”

É cada vez mais evidente a pressão sobre o governador João Azevêdo (PSB) para que defina os nomes que irão compor a chapa majoritária nas eleições de 2026. Os pedidos por definição vêm de todos os lados — inclusive de aliados próximos, que demonstram interesse direto na composição final.

Na manhã desta terça-feira (15), durante a abertura da 6ª Conferência Estadual das Cidades, o governador foi questionado sobre quando pretende anunciar os escolhidos para encabeçar a disputa estadual. Com tom técnico, direto — e pitadas de ironia — João respondeu:

“Não. Data tem Natal, tem Dia de São João, dia de São Pedro… Aí tem data definida. Mas data de chapa? Data de chapa não existe. Natal é 25 de dezembro, aí todo mundo sabe. Mas data para definir chapa não tem, não.”

Logo em seguida, mandou um recado direto aos que aguardam definições:

“Meu apoio será definido quando a gente anunciar a chapa.”

Enquanto a resposta oficial não vem, os bastidores seguem aquecidos. No grupo político liderado por João Azevêdo, nomes de peso se movimentam em busca de espaço na chapa.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino (Republicanos), já se posicionou publicamente como pré-candidato, indicando disposição de disputar uma vaga majoritária.

Outro nome em evidência é o do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, que tem intensificado suas viagens pelo interior da Paraíba e articulações nos bastidores. Nesta terça-feira, Cícero esteve em Brasília para se reunir com o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, presidente estadual do Progressistas (PP), com o objetivo de afinar estratégias e fortalecer alianças.

Correndo por fora, mas com potencial de protagonismo, está o vice-governador Lucas Ribeiro, jovem liderança do grupo. A expectativa gira em torno da eventual desincompatibilização de João Azevêdo em abril de 2026, caso decida disputar uma vaga ao Senado. Nesse cenário, Lucas assumiria o Governo e disputaria a reeleição com a “caneta na mão”.

A pergunta do milhão: João Azevêdo fica ou sai?

Enquanto isso, as condições políticas ainda prevalecem sobre a vontade dos interessados. Todos os cenários do grupo governista giram em torno da principal incógnita: João Azevêdo permanecerá no cargo ou deixará o Governo em abril para disputar o Senado?

Essa é a pergunta que vale ouro — ou melhor, a pergunta do milhão. Quem arrisca o palpite?

Tenho dito!


Pereira Júnior