
19/11/2025 às 19:42
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda não sancionou a liberação dos arquivos do Departamento de Justiça sobre Jeffrey Epstein, financista acusado de chefiar uma rede de tráfico e abuso sexual de menores. Trump havia prometido não vetar a lei se fosse aprovada no Congresso.

Deputados e senadores aprovaram, de forma quase unânime, na noite de terça-feira (18), a liberação dos arquivos sobre Epstein. Na Câmara, a medida teve placar de 427 votos a 1. No Senado, recebeu aval de todos os parlamentares.
A votação histórica acontece três dias após Trump abandonar sua oposição à medida. A mudança de posição ocorreu após a Câmara divulgar, na semana passada, e-mails de Epstein. As mensagens afirmam que Trump passou "horas em sua casa" com uma das vítimas e que o atual presidente "sabia sobre as meninas" envolvidas em seu esquema. Os dados revelados levaram parlamentares da base e da oposição a exigir a liberação dos arquivos.
Há dúvidas sobre o alcance real da divulgação do material, porque a medida permite ao Departamento de Justiça manter sob sigilo trechos da investigação que revelem nomes de vítimas ou que possam interferir em apurações em andamento.
Na tentativa de diminuir as cobranças do Partido Republicano, Trump pediu ao departamento para investigar a relação de Epstein com importantes nomes democratas, como o ex-presidente Bill Clinton e o ex-secretário do Tesouro Larry Summers.
O desgaste gerado pelo caso Epstein e pela alta do custo de vida, resultado do tarifaço, já afetaram o apoio a Trump. Pesquisa divulgada ontem pela agência Reuters e pelo Instituto Ipsos mostra que 60% dos americanos desaprovam o governo, enquanto 38% manifestam apoio. A queda na aprovação pode fragilizar os republicanos nas eleições legislativas de 2026 e aumentar a pressão da base partidária sobre Trump.
*Com informações da agência Reuters
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