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Na ONU, Trump justifica tarifaço ao Brasil e critica "agenda verde"

Rádio Agência

23/09/2025 às 14:53

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O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o norte-americano Donald Trump tiveram um primeiro encontro presencial, desde que Trump anunciou o tarifaço contra produtos brasileiros. Após abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas, Lula conversou com Trump brevemente, já que o norte-americano era o segundo a falar para mais de 150 chefes de Estado e de Governo, nesta terça-feira (23).

Enquanto Lula defendeu em seu discurso uma agenda multilateral, nos pouco mais de 15 minutos destinados para cada discurso, Trump falou por quase uma hora.

Conversa com Lula

Durante o discurso, o norte-americano relatou o breve encontro com Lula, pouco antes de subir ao púlpito. Trump chamou Lula de um "homem muito legal", disse que eles chegaram a dar um abraço e marcaram um encontro para a próxima semana. Trump não deu detalhes sobre essa próxima conversa.

U.S. President Donald Trump addresses the 80th United Nations General Assembly at U.N. headquarters in New York City, U.S., September 23, 2025. REUTERS/MIKE SEGAR U.S. President Donald Trump addresses the 80th United Nations General Assembly at U.N. headquarters in New York City, U.S., September 23, 2025. REUTERS/MIKE SEGAR
U.S. President Donald Trump addresses the 80th United Nations General Assembly at U.N. headquarters in New York City, U.S., September 23, 2025. REUTERS/MIKE SEGAR - Reuters/Mike Segar/Proibida reprodução

Em seguida, o presidente dos EUA mudou de tom e justificou que o Brasil enfrenta o tarifaço porque tem problemas de, nas palavras de Trump, "corrupção judicial",  "censura e repressão" e perseguição a políticos.

Sobre os demais assuntos, Trump afirmou ter colocado um fim em diversas guerras em seus primeiros meses de mandato, como Camboja e Tailândia, Paquistão e Índia, Armênia e Azerbaijão. E em plena Assembleia da ONU, também acusou as Nações Unidas de não ajudar nesses conflitos.

Críticas à ONU

Trump criticou a ONU em vários momentos, principalmente ao afirmar que a Organização está "financiando" milhares de imigrantes ilegais que entram nos EUA. Segundo Trump, não houve entrada de estrangeiros ilegais nos EUA nos últimos 4 meses. Ele diz que a imigração está "destruindo" outros países com a chegada de pessoas com "costumes, religiões, com tudo diferente". 

Em relação aos demais países, o norte-americano chamou o Irã de "patrocinador" do terror e lembrou dos ataques às instalações nucleares iranianas. Em relação ao reconhecimento do Estado da Palestina, confirmado por aliados europeus na última semana, Trump disse que isso seria uma "recompensa" pelos ataques do Hamas em 2023.

Em relação à Guerra na Ucrânia, ele alegou que chegou a acreditar que seria "mais fácil" de resolver por causa do "bom relacionamento" com o presidente russo, Vladimir Putin. Mas Trump criticou China e Índia, por continuarem comprando petróleo russo. 

De forma geral, o tom geral do discurso também foi de críticas à "agenda verde" mundial. E outro ponto repetido por Trump foram críticas à gestão anterior, do democrata Joe Biden. O republicano citou o ex-presidente norte-americano, por pelo menos seis vezes, para contrastar com medidas tomadas pelo seu governo.

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