Clima na Câmara é de rejeição ao aumento do IOF, afirma Hugo Motta; Governo terá 10 dias para apresentar alternativa

A resistência ao decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ganhou corpo na Câmara dos Deputados e pode resultar na derrubada da medida, segundo antecipou o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).

Em publicação feita nas redes sociais nesta quinta-feira (29), Motta revelou que comunicou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que o ambiente entre os parlamentares é majoritariamente contrário à decisão do governo federal.

“O clima é de insatisfação generalizada. Há um entendimento claro de que o decreto é prejudicial e que aumentar impostos sem um plano consistente de compensação fiscal é insustentável”, afirmou.

Durante reunião ocorrida na noite anterior com representantes da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ficou acordado que o Governo terá o prazo de 10 dias para apresentar uma proposta alternativa ao reajuste do IOF. A exigência dos deputados é por uma solução que corrija eventuais distorções sem penalizar contribuintes nem recorrer a elevações de tributos como forma paliativa de arrecadação.

“Chega de improviso tributário. O Brasil precisa de um modelo fiscal estável, eficiente e duradouro. Não aceitamos mais medidas emergenciais para tampar buracos nas contas públicas”, pontuou Hugo Motta.

Por Pereira Júnor