Sousa/PB -

A consequência do possível rompimento da Vereadora Lana com o Grupo Tyrone

A pergunta que não se pode calar neste momento: Até que ponto é bom para ambas as partes essa ruptura política?

Por Pereira Jr. • Articulista Polí­tico

27/08/2021 às 15:42

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Maria Evangelina Dantas, conhecida por “Lana Dantas”, funcionária pública foi eleita em 2020 pelo partido REDE para o seu primeiro mandato à vereadora no Município com 560 votos, o que representa 1,58% do eleitorado local.


Sua campanha, e eleição tiveram sem dúvida todo o arcabouço estrutural com apoio do Prefeito Fábio Tyrone (Cidadania), quando através do Chefe de Gabinete, Dr. Helder Carvalho, Lana Dantas foi nomeada à diretora da Casa de Sousa na Capital, local de abrigo as pessoas que procuram tratamento de saúde fora de domicilio.


O trabalho que a funcionária efetiva do Município fizera a frente da gestão da Casa de Sousa na Capital, sem dúvida foi impecável, tanto é verdade que catapultou seu projeto para chegar na Casa de Otacílio Gomes de Sá. Fato inédito.

Tudo ia muito bem com a Vereadora no exercício do seu mandato legislativo com acesso a todos os departamentos do Poder Executivo, até o momento da notícia divulgada pela própria parlamentar mirim que seu partido a REDE lhe convocara para ser candidata a Deputada Federal, cuja dobradinha faria em Sousa com seu colega de partido, Deputado Estadual, Chió, e não votaria no Deputado Lindolfo Pires com apoio do Prefeito Fábio Tyrone em sua Terra Natal.


Essa decisão foi em direção a contramão das deliberações já tomadas, e anunciadas pelo Chefe do Executivo Municipal, quando entrevistas coletivas já teria repassado o recado para seus amigos, e aliados que seguissem o alinhamento do Grupo, que seria votar nos candidatos definidos de forma homogenia: Estadual, Lindolfo, Federal, Wilson Santiago, Governador, João Azevedo, e o Senador a depender da composição do mandatário estadual.


Mesmo com esse aviso público, a Vereadora Lana não teria feito questão, e seguira a linha independente, ao ponto de contrariar o chamamento do Grupo para alinhar-se nas eleições de 2022. A corda esticou a ponto do Prefeito Fábio Tyrone na última entrevista coletiva com a Imprensa local mandar um recado direto a parlamentar mirim com a seguinte fala:


- Então, se a vereadora que ser candidata que bom, desejo a ela boa sorte. Ela nem começou um mandato já quer outro no meio? Tudo bem. É simples. A vereadora entregue o cargo que indicou para casa de Sousa. A vereadora é independente, não tem líder, não tem chefe, entregue o cargo. Saia do grupo, feche a porta e leve as malas. Repito, siga o seu caminho. Eu desejo boa sorte e felicidades.”


Desde esse momento que houve um silencio sepulcral de amplos os lados. Lana apenas limitou-se a passar um áudio ao membro da Imprensa local, pedindo espaço para falar sobre o assunto na próxima semana sem comentar as declarações do chefe do executivo municipal que ganhou ampla repercussão a nível estadual.


Um Vereador, aliado, amigo de Lana, confidenciou que também tentara ligações telefônicas com a Parlamentar Mirins, sem êxito. Queria naquele instante, ouvi-la, até aconselha-la. Inútil. “A mim também não atendeu o telefone, atenderia a ligação do Prefeito?”, questionou franzino a testa.


Após bem! Qual será a consequência da ruptura política para ambos os lados?


Para a Vereadora Lana, ela perderia o direito de acesso a resolutividade dos pedidos, apelos das pessoas amigas, eleitores junto aos órgãos ligados a Prefeitura, consequentemente, a direção da Casa de Sousa que estar sobre o seu comando, cuja indicação é a Irmã. Passaria, parafraseando a Bíblia: 3 anos e 5 meses no Deserto – tempo para concluir seu 1º mandato no legislativo mirim, desta feita sem o apoio do executivo municipal. A resolutividade junto ao eleitorado seria por conta própria, ou seja, as condições pessoais.


O ponto negativo para o Prefeito Tyrone, ele ganharia uma adversária destemida, que não teria medo de falar, revelaria situações sine qua non da administração, cujas cenas já tantas vividas, e conhecidas, poderiam ser chaves de implosão do governo Tyrone na mídia da oposição, que certamente abriria espaço para uma suposta “detonação”, “fogo no parquinho”.


A pergunta que não se pode calar neste momento: Até que ponto é bom para ambas as partes essa ruptura política?


O Prefeito Tyrone, mesmo com a fala dura, e claro com vários endereços também, deixou dito, que estava pronto, aberto, a espera de uma conversa com Lana Dantas sobre esse seu projeto de candidato a Deputada a qualquer momento que ela desejasse.


Na política tem aquela máxima: quem tem tempo, não tem pressa. A eleição é daqui há um ano e três meses. O que teria motivado Lana anunciar de forma tão precoce sua candidatura a deputada federal, se teria tempo para pensar, e planejar essa situação? Muitas vezes, a má assessoria pode ser um perigo. É minha opinião.


Vamos aguardar então os próximos capítulos desta novela mexicana


Tenho Dito

Pereira Jr.

Articulista, analista político, apresentador, editor responsável pelo Portal REPORTERPB

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