
25/11/2025 às 09:49
A Comarca de Sousa abriu, nesta segunda-feira (24), a última edição de 2025 da Semana da Justiça pela Paz em Casa, com 143 audiências previstas apenas no município. Em todo o estado, a iniciativa deve promover mais de 800 audiências e três júris populares relacionados à violência doméstica até sexta-feira (28), quando ocorrerá o encerramento no Fórum Criminal da Capital, com o lançamento do livro A Voz Cadáver, de Patrícia Rosas.
A cerimônia contou com apresentações culturais e a exibição de um documentário sobre violência contra a mulher, produzido pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). O presidente do TJPB, desembargador Fred Coutinho, destacou a importância do esforço concentrado: “Devemos lutar pela paz social e pela paz em casa. Chega de violência.”
Coordenada pela Mulher em Situação de Violência do TJPB, a semana busca acelerar o julgamento de processos da Lei Maria da Penha e ampliar ações de prevenção. A juíza Graziela Queiroga ressaltou que a iniciativa garante visibilidade, celeridade e resposta efetiva à sociedade.
Durante a abertura, foi assinada simbolicamente a adesão ao projeto Cidadania de Primeira, que garante documentação civil para crianças de 0 a 6 anos. O prefeito de Sousa, Helder Carvalho, reforçou a importância da parceria entre Judiciário e Município no atendimento a famílias vulneráveis.
A programação em Sousa contou com atendimentos de saúde, serviços sociais e ações integradas envolvendo Sesc, Senac, Samu, Secretaria Municipal de Ação Social, Aemp e Hemocentro.
Também foi anunciada a primeira aula do projeto Virando a Página, que garante remição de pena pela leitura e terá início na Penitenciária Sílvio Porto, com foco em obras sobre gênero, direitos humanos e violência doméstica.
Segundo o TJPB, das 807 audiências previstas no estado, 612 integram o esforço concentrado distribuído pelas comarcas de João Pessoa, Campina Grande, Sousa, Cabedelo, Bayeux e Conde, com atuação de 22 magistrados adicionais, além de promotores, defensores públicos e equipes de apoio.
As vítimas de violência doméstica também terão acesso à assistência jurídica pro bono, Delegacia Móvel, Patrulha Maria da Penha, SEMDH e equipes especializadas.
Estiveram presentes diversas autoridades, entre elas a desembargadora Fátima Maranhão, o juiz auxiliar Fábio Araújo, representantes da Aemp, Gevid, AMPB, Fórum de Sousa, SEMDH e instituições parceiras.
Fonte: Repórter PB
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