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Reunião

Deputado federal Wilson Santiago articula medidas para impedir colapso hídrico e garantir abastecimento no Sertão

Comitiva paraibana pede volume mínimo de 50 milhões de m³ na Barragem Engenheiro Ávidos durante estiagem e defende abastecimento para consumo humano, agricultura e criação de animais.

Da Redação Repórter PB

26/11/2025 às 07:00

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Imagem Wilson Santiago, Chico Mendes e Bal Lins, em Brasília

Wilson Santiago, Chico Mendes e Bal Lins, em Brasília ‧ Foto: Reprodução

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Na noite desta terça-feira (25), o deputado federal Wilson Santiago (Republicanos) voltou ao Ministério da Integração Nacional acompanhado do deputado estadual Chico Mendes (PSB) e do prefeito de São José de Piranhas, Bal Lins, para reforçar, mais uma vez, a necessidade urgente de medidas que garantam o abastecimento hídrico das comunidades ribeirinhas dos municípios de São José de Piranhas, Sousa, Cajazeiras e região.

A reunião, realizada no gabinete do ministro Waldez Góes, que contou ainda com a presença do diretor técnico Bruno Cravo, ocorre em meio ao agravamento da crise hídrica no entorno da Barragem Engenheiros Ávidos, onde famílias vêm enfrentando condições dramáticas: escassez crescente de água útil e ameaça real à subsistência de centenas de produtores, além de estar prejudicando os animais.

Durante a audiência, Wilson Santiago relembrou a reunião realizada em setembro, também no Ministério da Integração, quando parlamentares e gestores locais alertaram para a necessidade de intervenção imediata no reservatório.

Segundo o deputado, se as providências tivessem sido adotadas à época, os danos hoje vividos pela população ribeirinha seriam significativamente menores. “Nós alertamos ainda em setembro que a situação se agravaria. Hoje estamos vendo animais atolando na lama, famílias desesperadas e a produção de subsistência ameaçada. A falta de água compromete a vida dessas pessoas, e é urgente agir para evitar um colapso maior”, afirmou o parlamentar.

Na audiência desta segunda-feira, a comitiva apresentou uma pauta clara e objetiva para proteger a vida e a subsistência de mais de 800 famílias ribeirinhas:

1. Reposição imediata da água da Barragem de Engenheiros Ávidos, com reforço hídrico emergencial via Transposição do São Francisco e ajuste da operação para recuperar o volume útil da barragem.

2. Definição de uma cota mínima permanente, instituindo um limite técnico de segurança que assegure a presença contínua de um volume adequado de água no reservatório, impedindo que, em períodos de seca, a barragem volte a atingir níveis críticos.

3. Garantia de abastecimento para consumo humano e atividades produtivas da agricultura familiar de subsistência.

A pauta inclui a manutenção dos 20 sistemas de abastecimento que atendem famílias em São José de Piranhas, Sousa, Cajazeiras e entorno, garantindo água para beber, cozinhar e viver; irrigação de pequenas produções; agricultura familiar; criação de animais. Trata-se de setores essenciais para a subsistência local.

Volume mínimo

A comitiva solicitou que o Comitê de Gestão das Águas determine oficialmente a manutenção de pelo menos 50 milhões de metros cúbicos de água no Engenheiros Ávidos durante períodos de estiagem, volume considerado mínimo para resguardar a sobrevivência das famílias ribeirinhas e preservar a fauna da região. “A água é vida. Não podemos permitir que comunidades inteiras fiquem reféns da seca por falta de planejamento. Precisamos de uma regra clara, técnica e permanente para garantir a cada família o direito básico à água”, reforçou Santiago.

Atuação contínua

A reunião desta noite marca a segunda ida do deputado ao Ministério neste trimestre, demonstrando compromisso e presença ativa nas negociações. Santiago reiterou que sua equipe já havia solicitado novas audiências, além de manter diálogo permanente com técnicos do governo federal e do DNOCS.

O parlamentar também destacou que seguirá acompanhando as providências até que soluções concretas sejam implementadas: “Nosso trabalho é insistir, dialogar e garantir que a voz do Sertão seja ouvida. Não se trata de política, é uma luta pela sobrevivência de famílias, animais e da agricultura local. Não descansaremos enquanto a segurança hídrica da nossa região não estiver garantida”, concluiu.

Fonte: Repórter PB

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