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foragido

Paraibano “Doca”, chefe do Comando Vermelho no Rio, escapa de megaoperação e segue como um dos criminosos mais procurados do país

Doca iniciou a vida no crime nos anos 1990, na Baixada Fluminense, e construiu sua liderança por meio da violência e do controle armado de comunidades inteiras

Da Redação Repórter PB

03/11/2025 às 11:28

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Imagem Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”

Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso” ‧ Foto: divulgação

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O paraibano Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”, continua foragido após escapar da megaoperação policial realizada no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, na última semana — considerada a mais letal da história do estado, com mais de 120 mortos.

Natural de Caiçara (PB) e com 55 anos, Doca possui 26 mandados de prisão e 269 anotações criminais por tráfico, homicídio, extorsão e corrupção de menores. Ele é apontado pela Polícia Civil como o segundo homem mais poderoso do Comando Vermelho, ficando atrás apenas de Marcinho VP, atualmente preso em regime federal.

Doca iniciou a vida no crime nos anos 1990, na Baixada Fluminense, e construiu sua liderança por meio da violência e do controle armado de comunidades inteiras. Em 2007, chegou a ser preso após 11 horas de confronto com a polícia, mas voltou ao comando do tráfico em 2016. Após a morte de líderes como Elias Maluco, assumiu o controle do Complexo da Penha, considerado o “coração” da facção.

A polícia afirma que o criminoso comanda um exército armado conhecido como “Tropa do Urso”, composto por homens treinados por ex-integrantes das Forças Armadas e da polícia. O grupo utiliza drones, barricadas e táticas de guerrilha urbana para impedir operações e proteger o chefe. Entre os principais nomes do bando estão Carlos “Gardenal”, Pedro “Bala”, Washington “Grandão” e Juan “BMW”, todos com funções estratégicas dentro da facção.

A tropa é suspeita de ataques a delegacias, execuções e domínio territorial na Zona Oeste do Rio, incluindo o assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, em 2023 — crime autorizado por Doca após uma confusão de identidade.

Além do tráfico, o grupo impõe taxas ilegais sobre transporte, energia, gás e internet, e controla negócios clandestinos, como um posto de combustíveis dentro do próprio complexo.

O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a polícia esteve próxima de capturá-lo: “Sabemos que ele estava ali, e grande parte dos que morreram no confronto foi para defendê-lo. Não vamos descansar enquanto não o prendermos”, declarou.

Mesmo após um ano de monitoramento e uma das maiores operações já realizadas no estado, “Doca” segue foragido, ampliando sua influência e expondo o alcance nacional do crime organizado que tem raízes na Paraíba e poder armado no Rio de Janeiro.

Fonte: Repórter PB

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