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Discussão

Painel Paraibano de Mudanças Climáticas realiza debates sobre sustentabilidade e futuro climático

O evento reuniu especialistas, gestores públicos, representantes do setor produtivo, estudantes e sociedade civil em um espaço de debate sobre os desafios ambientais que impactam o estado.

Da Redação Repórter PB

26/09/2025 às 10:30

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Imagem Debates sobre sustentabilidade e futuro climático

Debates sobre sustentabilidade e futuro climático ‧ Foto: Reprodução

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O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties), com apoio da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), realizou durante essa quarta e quinta-feira (24 e 25), a última etapa do 4º Painel Paraibano de Mudanças Climáticas, realizada no auditório do IFPB, em João Pessoa. O evento reuniu especialistas, gestores públicos, representantes do setor produtivo, estudantes e sociedade civil em um espaço de debate sobre os desafios ambientais que impactam o estado.

A programação contou com palestras e debates que abordaram desde os impactos e ameaças das mudanças climáticas no bioma Caatinga até estratégias de mitigação voltadas aos recursos hídricos. No encerramento, o painel trouxe uma reflexão sobre o panorama da desertificação no Brasil, reforçando os desafios e as urgências de enfrentamento desse fenômeno no cenário atual.

“Tivemos quatro etapas trazendo pesquisadores de todas as instituições públicas de ensino e também do Insa, além de receber muitos estudantes e a sociedade em geral para nos ouvir. Na etapa Mata Paraibana, em João Pessoa, nós mesclamos trazendo ainda assuntos do Sertão como a desertificação, que tem sido um problema de mais da metade da Paraíba”, explicou a coordenadora do Painel Paraibano de Mudanças Climáticas, Simone Porfírio.

O presidente da Fapesq-PB, Rangel Júnior, reforçou que o trabalho do Governo da Paraíba é realizado de forma integrada entre diferentes órgãos e instituições de ensino e pesquisa. “O Estado atua tanto na preservação ambiental quanto na educação ambiental, e o papel da Fapesq é fomentar esse processo, estimulando projetos voltados para a transição energética e soluções ligadas às mudanças climáticas. Essa não é uma ação restrita a um órgão, mas uma tarefa de todas as estruturas do Estado”, afirmou.

Já o superintendente da Sudema, Marcelo Cavalcanti, ressaltou a importância de promover encontros como o painel para ampliar a consciência ambiental, sobretudo entre os jovens. “Estamos plantando sementes na cabeça de cada pessoa, principalmente dos estudantes. Desenvolvimento não significa ser inimigo do meio ambiente. Podemos crescer de forma sustentável, preservando e garantindo estabilidade climática. Os eventos extremos recentes, como as chuvas no Sul e a seca na Amazônia, mostram que é urgente repensar o nosso modelo de desenvolvimento”, alertou.

Na etapa de João Pessoa, as discussões reforçaram o papel da ciência e da tecnologia como aliadas na construção de soluções sustentáveis. Para a professora Alecksandra Vieira, coordenadora do Laboratório de Ecologia e Botânica da UFCG, o painel foi fundamental para popularizar o conhecimento sobre o tema e aproximar a sociedade das práticas científicas. “A questão ambiental ganha foco quando olhamos para regiões como o bioma caatinga, que pode ensinar ao mundo como conviver com as mudanças climáticas. Esses espaços de debate ajudam a entender desafios e enxergar oportunidades, e a tecnologia, quando ajustada ao meio social e ambiental, torna-se um grande impulsor do desenvolvimento regional”, destacou.

A estudante de Gestão Ambiental do IFPB, Bianca Ferreira, que participou da etapa em João Pessoa, destacou o impacto das discussões para a sua formação acadêmica. “Achei bem importante esse tipo de palestra, principalmente no momento atual em que as mudanças climáticas impactam diretamente a nossa vida. Gostaria que houvesse outras edições e debates como esse, porque contribuem muito para a nossa área de estudo e para o futuro profissional”, afirmou.

A iniciativa percorreu as quatro mesorregiões da Paraíba entre agosto e setembro Sertão (Sousa), Borborema (Monteiro), Agreste (Campina Grande) e, por fim, a Mata Paraibana (João Pessoa) promovendo reflexões estratégicas sobre temas como desertificação, escassez hídrica, perda da biodiversidade e adaptação às mudanças climáticas, com foco no fortalecimento de políticas públicas alinhadas ao Plano Estadual de Mudanças Climáticas e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Fonte: Repórter PB

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