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Justiça

MPT-PB pede bloqueio de R$ 20 milhões em bens de Hytalo Santos

O caso começou a ser investigado após uma denúncia anônima recebida em dezembro de 2024, que levou à coleta de depoimentos de ex-funcionários, testemunhas e representantes de escolas. O material reunido já ultrapassa duas mil páginas.

Da Redação Repórter PB

21/08/2025 às 07:40

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Imagem Influenciador digital Hytalo Santos

Influenciador digital Hytalo Santos ‧ Foto: Reprodução

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O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) solicitou à Justiça do Trabalho o bloqueio de até R$ 20 milhões em bens do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente. A medida, que inclui veículos de luxo, empresas e valores em contas, busca assegurar eventual indenização por danos morais coletivos e reparação às vítimas em uma investigação que apura trabalho infantil, exploração sexual e tráfico de pessoas.

De acordo com o MPT, há indícios de movimentações financeiras atípicas e tentativa de ocultação patrimonial, o que motivou o pedido cautelar apresentado na última segunda-feira (18). O caso começou a ser investigado após uma denúncia anônima recebida em dezembro de 2024, que levou à coleta de depoimentos de ex-funcionários, testemunhas e representantes de escolas. O material reunido já ultrapassa duas mil páginas.

O procurador do Trabalho Flávio Gondim, responsável pelo inquérito, afirmou que há provas da utilização de adolescentes em produção intensa de conteúdos digitais, em um esquema que funcionava como um “reality show” com monetização. Segundo ele, os relatos apontam ainda afastamento escolar prolongado e situações que podem configurar exploração sexual e tráfico de pessoas.

Além desse procedimento, o MPT instaurou duas novas investigações contra o influenciador por denúncias de assédio moral, maus-tratos e até violência física contra funcionários, além de casos de assédio sexual.

Hytalo e o marido foram presos em São Paulo na última sexta-feira (15), em operação conjunta do MPT, Ministério Público Estadual, Polícia Civil da Paraíba, Polícia Civil de São Paulo e Polícia Rodoviária Federal.

O MPT reforça que denúncias de exploração infantil e sexual podem ser feitas de forma anônima ou sigilosa pelos canais oficiais, como o site do órgão, o aplicativo MPT Pardal e o Disque 100.

Fonte: Repórter PB

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