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Inflação deve fechar o ano em 4,8%, estima Banco Central

Rádio Agência

25/09/2025 às 16:03

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Com a taxa básica de juros da economia em 15%, o Banco Central estima que a inflação deste ano feche em 4,8%, medida pelo IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Essa é a projeção do Relatório de Política Monetária do Banco Central, publicado nesta quinta-feira (25).

Ao detalhar o relatório, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, informou que a definição da taxa básica de juros, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária, “depende de dados”. Ele destacou que os bons índices de desemprego, de renda e de outros fatores da economia exigem da autoridade monetária cuidados na redução da taxa de juros. Galípolo explicou o motivo de o relatório sugerir a manutenção da taxa Selic em alta.  

“Você praticamente gabarita no livro texto as condições de contorno pra ter feito a elevação e manter a taxa de juros numa condição contracionista. É a taxa mais baixa, com a renda na máxima da série histórica. Com importações batendo recorde, com viagens batendo recorde. Então, pra onde você olhar, é difícil não reunir condições de contorno que não tá no cenário onde, se a inflação está fora da meta e com um desemprego tão baixo, a reação de uma autoridade monetária deveria ser essa. Então, acho que dá mais convicção de que o caminho é esse mesmo. Conforme o tempo está passando, a coisa vai convergindo para o que parece ser o cenário de uma suavização no nível de atividade econômica, justamente para poder proteger a renda do trabalhador”.       

O economista e professor Cesar Bergo explica que a “boa economia” é motivo do Banco Central para manter a taxa Selic alta.  

“Enaltece a questão do mercado de trabalho aquecido, que tem levado também a uma decisão de manutenção da política monetária restritiva. O Banco Central coloca isso como um empecilho à redução da taxa de juros”.

O documento prevê que, nos próximos meses de 2025, a inflação vai permanecer acima da meta fiscal. Para o fim de 2026, a previsão é de 3,6%, também acima da meta, mas dentro do limite de tolerância.  

O relatório também prevê que a alta do Produto Interno Bruto, o PIB, fique em  2% neste ano. Para o economista e professor Cesar Bergo, o crescimento um pouco menor que o PIB de 2,1%, previsto anteriormente, é reflexo do tarifaço dos Estados Unidos.  

“Isso em decorrência das incertezas do mercado internacional, sobretudo em função das tarifas aplicadas pelos EUA aos produtos brasileiros. E também alguma incerteza com relação à atividade econômica no terceiro semestre. Então, tem uma visão com relação à atividade do setor de serviços, industriais e também o setor de agronegócio. De qualquer forma, ele prevê um crescimento acima de 2%, que ainda é positivo”.   

O documento do Banco Central considera que a manutenção da taxa Selic em 15% leva em conta a “perspectiva de desaceleração da economia global” e o crescimento menor do setor agropecuário em 2025. O documento ainda prevê que o PIB deve crescer 1,5% no ano que vem. A previsão é a mais baixa prevista pelo Banco Central em seis anos.

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