Sousa/PB -
Tecnologia

Competição Paraibana de Robótica reúne quase mil equipes e encerra primeira edição com final estadual

Cada GRE sediou provas presenciais, nas quais foram selecionadas as melhores equipes por modalidade e nível de ensino, garantindo representatividade de todas as regiões na etapa estadual.

Por Redação do Reporterpb

25/09/2025 às 20:19

Ads 970x250
Imagem Competição Paraibana de Robótica reúne quase mil equipes e encerra primeira edição com final estadual

Competição Paraibana de Robótica reúne quase mil equipes e encerra primeira edição com final estadual ‧ Foto: Secom

Tamanho da Fonte

A Competição Paraibana de Robótica (CPR) chegou ao fim após 45 dias de disputas que mobilizaram 988 equipes de estudantes da rede estadual de ensino, distribuídas pelas 16 Gerências Regionais de Educação (GREs). A etapa final, realizada em João Pessoa, nesta quinta-feira (25), premiou 30 equipes vencedoras em cinco modalidades: resgate de alto risco, dança com robôs, cabo de guerra, sumô e corrida de carro autônomo. Com a conclusão da competição, os times classificados passam agora a representar a Paraíba na fase nacional do Torneio Juvenil de Robótica, ampliando o alcance da iniciativa que, em sua primeira edição, percorreu todas as regiões do estado.
 
A CPR foi criada pela Secretaria de Estado da Educação da Paraíba (SEE-PB) como parte da política de incentivo ao ensino de ciências, matemática e programação aplicada em sala de aula. Os laboratórios de robótica instalados em escolas estaduais serviram como ponto de partida para o desenvolvimento dos projetos, que exigiram dos estudantes noções de automação, sensores, estratégias de tomada de decisão e trabalho coletivo. Cada GRE sediou provas presenciais, nas quais foram selecionadas as melhores equipes por modalidade e nível de ensino, garantindo representatividade de todas as regiões na etapa estadual.
 
Na solenidade de premiação, o secretário de Estado da Educação, Wilson Filho, ressaltou a relevância da iniciativa e destacou o protagonismo dos estudantes. Segundo ele, a competição se consolida como uma política pública que integra inovação e aprendizado prático. “A robótica escolar é um caminho para despertar o interesse dos nossos jovens pela ciência e pela tecnologia. Estamos garantindo que a rede estadual ofereça oportunidades que antes pareciam distantes da realidade dos estudantes, formando novas gerações que aprendem de forma colaborativa e aplicada”, afirmou o gestor, destacando que a Paraíba é hoje referência nacional.
 
Responsável pela coordenação da CPR, Thales Araújo, coordenador de Robótica da SEE-PB, reforçou o impacto pedagógico da competição. Ele enfatizou que a experiência vivida pelos estudantes vai além do torneio. “Cada equipe enfrentou desafios que exigiram pesquisa, dedicação e persistência. Mais importante do que o resultado é o processo, que faz os alunos desenvolverem competências essenciais como resolução de problemas, trabalho em equipe e pensamento lógico. Esse é o legado que ficará nas escolas e que fortalece a educação pública da Paraíba”, avaliou.
 
Entre os estudantes premiados, Jhennyfer Mendes, da 3ª série da ECIT Dr. Trajano Pires da Nóbrega, localizada em Condado, ficou em terceiro lugar na modalidade de Dança e destacou que a participação em sua primeira competição trouxe um aprendizado inesperado. “Foi muito complicado porque a gente não tinha noção de como montar ou programar o robô. Mas fomos aprendendo, nos esforçando, e conseguimos passar da regional. Chegar à final já foi uma surpresa, e quando ganhamos, ficamos sem reação. Eu sempre pensei que robótica era algo distante, que só existia em outros países, mas agora vejo que faz parte da nossa realidade e me ajuda a enxergar soluções de forma diferente”, relatou.
 
Outra estudante que se destacou na final foi Laryssa Freitas, do 9º ano da ECIT Agenor Mendes Pedrosa, no município de Aguiar, que conquistou duas medalhas na competição. Ela comemorou a conquista e agradeceu aos mentores que auxiliaram a equipe. “Foi difícil, mas deu tudo certo. Trabalhamos em equipe, e eu fiquei mais na parte da programação, que foi complicada, mas conseguimos nos superar e conquistar as medalhas. Esse aprendizado faz diferença nos estudos e mostra que, com esforço, a gente consegue avançar”, contou a capitã de equipe.
 
Para Kaio Silva, estudante da 2ª série da mesma escola, o ouro na modalidade de Resgate foi marcada por emoção e esforço coletivo. “Foi muito desafio para chegar aqui, passamos noites em claro, pesquisamos, fizemos testes, tivemos que improvisar em vários momentos. É difícil até descrever a sensação de conquistar esse ouro, foi emocionante. Agora é pensar na próxima etapa e representar a Paraíba”, disse o estudante, enquanto segurava a medalha junto à equipe.
 
A CPR também destacou e premiou os professores e mentores, que acompanharam os grupos durante a preparação. Em mais de 350 escolas da rede estadual, os laboratórios de robótica funcionaram como espaços de experimentação, contribuindo para aproximar os conteúdos curriculares da realidade prática. Ao longo das etapas regionais, estudantes puderam demonstrar avanços no desenvolvimento de projetos e nas habilidades de programação, construindo um repertório que poderá ser expandido nas edições futuras da competição e em outras iniciativas de inovação tecnológica.

Fonte: Secom

Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera

Comentários

Aviso Legal: Qualquer texto publicado na internet através do Repórter PB, não reflete a opinião deste site ou de seus autores e é de responsabilidade dos leitores que publicam.