
07/12/2025 às 07:41
A atuação de facções criminosas no processo eleitoral voltou ao centro das discussões em Brasília e preocupa autoridades que já se preparam para as Eleições de 2026. Nos últimos dias, operações da Polícia Federal e decisões judiciais expuseram tentativas de políticos de blindar integrantes de grupos como o Comando Vermelho, ampliando o alerta sobre a infiltração do crime organizado na política.
A preocupação não é nova. Em 2024, durante as eleições municipais, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, e a OEA já haviam chamado atenção para o risco crescente de facções influenciarem candidaturas, financiarem campanhas e até mesmo coagirem eleitores. Cármen Lúcia classificou o tema como uma ameaça séria ao sistema democrático e afirmou que a tentativa de interferência do crime organizado “não pode ser subestimada”.
Naquele ano, a ministra alertou para um “risco real” de que organizações como PCC e CV buscassem ampliar poder político, atingir esferas estaduais e nacionais e até influenciar a formulação de leis que favorecessem suas operações ilegais.
A Missão de Observação da OEA, em relatório sobre as eleições de 2024, confirmou o avanço dessas práticas, citando coerção de eleitores, financiamento ilícito e uso de recursos do tráfico em campanhas. O documento também destacou o aumento da violência política e recomendou medidas urgentes para conter o avanço do crime organizado até 2026.
Com exemplos já detectados de atuação do PCC e do Comando Vermelho no financiamento de candidaturas e na lavagem de dinheiro através de contratos públicos, o tema ganha ainda mais peso no cenário eleitoral que se aproxima. Autoridades sinalizam que o enfrentamento a essas organizações será determinante para garantir a integridade das eleições.
Fonte: Repórter PB
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