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Reversão de lesão medular: pesquisa espera autorização da Anvisa

Rádio Agência

15/09/2025 às 21:19

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Uma nova tecnologia, inédita mundialmente, pode ajudar no reestabelecimento da medula espinhal em pessoas que tiveram lesões medulares e perderam movimentos do corpo. É o medicamento polilaminina, apresentado pelo laboratório Cristália. O remédio foi produzido com base em pesquisas da Universidade Federal do Rio de Janeiro nos últimos 25 anos.

A pesquisadora da UFRJ Tatiana Coelho de Sampaio, responsável pelo projeto, explica que o medicamento tem como base uma proteína natural, a laminina, que atua no sistema nervoso estimulando os axônios, prolongamentos dos neurônios que auxiliam nos movimentos do corpo.

“A laminina, já se sabia há muito tempo que ela tinha esse papel, e o que nós fizemos foi desenvolver uma forma de fazer a laminina ficar mais potente para fazer essa função”.

Durante a fase experimental, pacientes lesionados que receberam o medicamento recuperaram os movimentos, total ou parcialmente. Um caso emblemático é o do bancário Bruno Drummond de Freitas¸de 30 anos. Ele sofreu um grave acidente de carro que causou uma lesão cervical completa e deixou-o sem movimentos. Duas semanas após a aplicação da polilaminina, começou a se recuperar e hoje movimenta-se plenamente.

Agora, é aguardada autorização da Anvisa para a realização do estudo clínico regulatório ampliado do remédio, como explica a pesquisadora.

“Agora a gente precisa testar esse produto exatamente em um novo estudo clínico, bastante semelhante ao que nós fizemos antes, apenas para lesões na fase aguda, nos primeiros dias, para confirmar a segurança e as evidências de eficácia desse tratamento”.

Ainda não existe previsão de liberação da Anvisa e nem de custos do tratamento.

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