26/08/2025 às 19:22
Milhares de israelenses saíram às ruas nesta terça-feira (26) para pedir o fim da invasão à Faixa de Gaza e o retorno dos reféns. Os manifestantes queimaram pneus e bloquearam ruas em Tel Aviv e algumas das principais rodovias de Israel. Muitos exibiam bandeiras israelenses e fotografias dos reféns, enquanto em alguns atos, os participantes amarraram as mãos e usaram vendas, simulando a situação dos cativos.
Um grupo também se reuniu em frente ao gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. O protesto foi organizado por familiares dos reféns. Eles querem que Israel aceite o acordo de cessar-fogo de 60 dias e devolução gradual de reféns em troca da libertação de palestinos mantidos em prisões israelenses. A proposta já endossada pelo Hamas, mas Israel ainda não se manifestou.
O protesto ocorre no mesmo dia em que foi realizada uma reunião do Gabinete de Segurança de Israel e um dia depois de um ataque do exército israelense contra um hospital em Gaza que matou, pelo menos, 20 pessoas, incluindo 5 jornalistas.
O governo israelense chamou o caso de "acidente infeliz". O exército afirmou nesta terça-feira, em um comunicado, que investigações preliminares apontam que os soldados teriam detectado uma câmera do Hamas posicionada no local. A Comissão Europeia e o primeiro-ministro britânico chamaram o ataque de "indefensável". O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas afirmou que Israel precisa ser responsabilizado.
Desde o início da ofensiva israelense em gaza, mais de 260 profissionais de imprensa foram assassinados, o que faz com que entidades de direitos humanos acusem Israel de matar jornalistas de forma deliberada para esconder as atrocidades no território. Israel não permite que equipes internacionais de mídia entrem na Faixa de Gaza. Por isso, agências de notícias contratam moradores locais para cobrir o conflito.
*Com informações da Agência Reuters e reportagem de Iara Balduino
1:56Continuar lendo ...Para ler no celular, basta apontar a câmera