12/05/2025 às 17:31
Em entrevista concedida nesta segunda-feira (12), o secretário de Educação da Paraíba e deputado licenciado, Wilson Filho (Republicanos), delineou os contornos de uma possível configuração política para 2026 e lançou luz sobre os bastidores das movimentações partidárias. Com tom assertivo, o parlamentar deixou claro que o Republicanos não pretende apenas compor, mas sim liderar o processo eleitoral estadual que se aproxima.
Para Wilson, o governador João Azevêdo (PSB) segue sendo a principal figura política do estado, porém, reforçou que qualquer projeto majoritário passará, inevitavelmente, pela chancela do Republicanos. “A maior liderança individual da Paraíba é João Azevêdo. Isso é inegável. Mas a engrenagem da eleição só gira com o Republicanos integrado no centro da decisão”, disse.
A leitura é estratégica: com lideres como Adriano Galdino, atual presidente da Assembleia Legislativa, e Hugo Motta, presidente nacional do partido e nome cada vez mais lembrado para disputar o Palácio da Redenção, o Republicanos caminha com margem de autonomia, mas também com capacidade de articulação.
Wilson apontou ainda que nomes como Lucas Ribeiro (PP) e Cícero Lucena (PP) devem integrar o debate, mas reforçou que o Republicanos já dispõe de um nome pronto para encabeçar a disputa. “Se Hugo Motta aceitar o desafio, terá o apoio de todos esses nomes. Ele já representa a Paraíba em uma das cadeiras mais importantes da República e seu capital político é inegável”, afirmou.
A fala de Wilson também escancara que o futuro político de João Azevêdo — que ainda avalia uma possível candidatura ao Senado — será determinante para a formação da chapa governista. Caso o governador opte por disputar uma vaga no Senado Federal, o cenário se abriria para uma nova liderança estadual, e é justamente nesse vácuo que o Republicanos quer entrar com força total.
A costura, portanto, está em curso. Se de um lado há reverência à liderança do atual governador, de outro há um claro reposicionamento do Republicanos como força central no tabuleiro da sucessão. Não mais apenas um aliado, mas um possível condutor do projeto.
Fonte: Repórter PB
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