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Brasileiras vão às ruas contra o feminicídio

Rádio Agência

07/12/2025 às 17:48

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A mobilização nacional Mulheres Vivas, que acontece em diferentes cidades neste domingo (7), é uma resposta ao aumento das violências cometidas contra as mulheres no Brasil.

Somente em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios no país, um aumento de 12% em relação ao ano anterior, e o maior número já registrado desde a criação da lei que endurece as penas para quem comete esse crime brutal.

Levante

Os coletivos de mulheres que convocaram os atos reconhecem o feminicídio como emergência nacional. 

Luciana Sérvulo da Cunha, documentarista, ativista de direitos humanos e uma das coordenadoras do Levante Mulheres Vivas, detalha os quatro primeiros eixos da pauta.

"O eixo 1 diz respeito a delegacias da mulher 24 horas, atendimento especializado e instalação das casas da mulher brasileira. O 2 são as casas-abrigo, acolhimento imediato e rede de proteção. No 3, uma resposta rápida e efetiva do sistema de justiça que inclui também reconhecer e implementar integralmente a lei da violência psicológica contra a mulher. E 4, a autonomia imediata para mulheres em risco."

Brasília (DF), 07/12/2025 - O Levante Mulheres Vivas realiza ato na área central de Brasília para denunciar o feminicídio e todas as formas de violência contra mulheres. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Brasília (DF), 07/12/2025 - O Levante Mulheres Vivas realiza ato na área central de Brasília para denunciar o feminicídio e todas as formas de violência contra mulheres. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 07/12/2025 - O Levante Mulheres Vivas realiza ato na área central de Brasília para denunciar o feminicídio e todas as formas de violência contra mulheres. - Marcelo Camargo/Agência Brasil

As reinvindicações incluem, ainda, proteção integral a filhos e filhas de mulheres em situação de violência; paridade feminina obrigatória no Poder Público e no Judiciário; regulação das plataformas digitais e combate ao ódio e violência online, além do cumprimento integral do orçamento, como explica Luciana Sérvulo.

"Sem que os governos cumpram a lei orçamentária, a rede de proteção não funciona e mulheres seguem morrendo todos os dias. Então, o Levante Mulheres Vivas exige execução total, imediata e transparente da lei orçamentária no que diz respeito ao combate e prevenção da violência contra a mulher." 

Manifestações pelo país

Em Brasília, participaram da mobilização as ministras das Mulheres, Márcia Lopes; da Igualdade Racial, Anielle Franco; da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos; da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; da Gestão, Esther Dweck, e a primeira-dama, Janja da Silva.

Brasília (DF), 07/12/2025 - O Levante Mulheres Vivas realiza ato na área central de Brasília para denunciar o feminicídio e todas as formas de violência contra mulheres. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Brasília (DF), 07/12/2025 - O Levante Mulheres Vivas realiza ato na área central de Brasília para denunciar o feminicídio e todas as formas de violência contra mulheres. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 07/12/2025 - O Levante Mulheres Vivas realiza ato na área central de Brasília para denunciar o feminicídio e todas as formas de violência contra mulheres. - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra Anielle Franco defendeu o fim da cultura de violência contra a mulher no país, e lembrou os assassinatos de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, e da liderança quilombola mãe Bernadete.

"A gente está cansado de falar toda vez de mulheres tombadas. A gente não admite mais. Quando Marielle foi assassinada da maneira que foi, com cinco tiros na cabeça, logo depois, Mãe Bernadete também, poucos anos depois, com 21 tiros na cabeça, tem um recado dado para essas mulheres. E a gente está aqui hoje para dizer que a gente vai permanecer vivas, de pé, lutando, ocupando todos os espaços, eles queiram ou não."

Em São Paulo, o ato pelo fim da violência de gênero teve início às 14h. Em Teresina, capital do Piauí, e em Manaus, capital do Amazonas, os manifestantes vão às ruas a partir das 17h.

O documento completo elaborado pelos organizadores da mobilização será entregue ao Congresso Nacional, ao Ministério das Mulheres e à Presidência da República.

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