
21/11/2025 às 08:46
Momentos após a Casa Branca comunicar a redução das tarifas de 40% sobre produtos brasileiros, entre eles café e carne, o presidente Lula, que participava da abertura do Salão Internacional do Automóvel em São Paulo, comemorou:

"E hoje eu tô feliz porque o presidente Trump já começou a reduzir algumas taxações que ele tinha feito em alguns produtos brasileiros. E essas coisas vão acontecer na medida em que a gente consiga galgar respeito das pessoas. Ninguém respeita quem não se respeita. Em política e em economia não tem mágica. Você tem que fazer aquilo que é possível fazer na hora que você tem que fazer, sem pegar ninguém de sobressalto", diz.
Depois, antes de embarcar para a África do Sul, onde participa neste sábado (22) da Cúpula do G20, Lula falou novamente sobre o assunto:
"Isso é um sinal muito importante para a relação civilizada que tem que ter Brasil e Estados Unidos. Portanto, eu acho algo que o Trump deu um bom sinal. Então nós precisamos estar preparados porque ele está convidado para vir no Brasil quando ele quiser, e eu espero ser convidado para ir a Washington pra gente poder zerar qualquer celeuma comercial e política entre Brasil e Estados Unidos", apontou.
Ao lado de Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, que foi um dos negociadores e articuladores aqui no Brasil com setores afetados, também comemorou:
"E depois da conversa do presidente Lula com o presidente Trump, abriu uma avenida de entendimento. E aí esses avanços significam emprego, desenvolvimento, mais comércio exterior", apontou.
E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vai com Lula nessa viagem para o G20, arrematou:
"O que interessa não é esse tipo de sanção, de mal-entendido. O que interessa é adensar as cadeias produtivas. É aproveitar os nossos minerais para produzir bateria aqui, produzir carro elétrico aqui, produzir energia limpa aqui. É as nossas cadeias produtivas estarem integradas, o nosso comércio estar integrado, a gente poder exportar mais, importar mais", completou.
Na decisão de retirar as tarifas, Donald Trump citou a conversa que teve com Lula em 6 de outubro, quando os dois concordaram em iniciar as negociações que ainda estão em andamento, diz o documento, que fala ainda que as importações não deveriam mais estar sujeitas a alíquota adicional, justamente por conta do progresso nas conversas.
A redução das tarifas é retroativa a 13 de novembro e vale para mais de 200 produtos, entre eles café, carne bovina, banana, cacau e açaí. Medida que repercutiu imediatamente entre os setores. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Café, por exemplo, disse que a decisão reforça a estabilidade do comércio internacional e a efetividade do diálogo e das negociações.
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