25/09/2025 às 12:56
Um dia depois do Senado ter enterrado a PEC da Blindagem após pressão popular das ruas no último domingo (21), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reforçou: é a mobilização social que vai fazer com que o Congresso aprove o fim da escala 6x1.
"O Parlamento brasileiro tem um perfil que, se deixar ele livre, leve e solto, só vem prejuízo para a classe trabalhadora brasileira. O tema trabalho é um tema que tem muita dificuldade de tramitar no convencional. Então só vai de um jeito, é muita pressão. Parece feijão velho, só vai com pressão."
A solução, segundo ele, tem de vir de acordos coletivos e mobilização das categorias com sindicatos. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ele ainda destacou que a sociedade precisa ficar de olho na aprovação do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, proposta aprovada nessa quarta-feira (24) pelo Senado e que será analisada na semana que vem pela Câmara; principalmente na questão da compensação.
"Nós precisamos, o Congresso Nacional, assumir a responsabilidade de não somente votar do ponto de vista da isenção do Imposto de Renda de R$ 5 mil, mas cobrar dos de cima, dos 141 mil bilionários que tem no Brasil, que não querem pagar nada."
O ministro lembrou que empregadores de trabalhadores domésticos têm até o final de outubro para regularizar a situação de seus funcionários. Mais de 80 mil estão irregulares e já começaram a ser notificados por meio do Domicílio Eletrônico Trabalhista.
"Ali você receberá toda a orientação. Você pode por ali regularizar a eventual irregularidade pontual, que é a falta de recolhimento do fundo de garantia ou repasse, pode ter recolhido e não repassado, que aí se torna apropriação indebita. Tomemos cuidado com isso."
Luiz Marinho ainda anunciou para segunda-feira (29) a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente a agosto. Apesar de mostrar um crescimento, segundo o ministro, ele deverá vir num ritmo menor do que vinha sendo registrado.
Em julho, o Caged trouxe a abertura de 129.775 vagas formais de trabalho. Um dos motivos para essa desaceleração, segundo o ministro, é a taxa de juros. Já para todo o ano de 2025, a previsão é de saldo de 1,5 milhão de empregos formais.
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