25/09/2025 às 12:46
As empresas ligadas ao PCC, o Primeiro Comando da Capital, investigadas por fraudes em combustíveis em São Paulo, movimentaram mais de R$ 1 bilhão entre 2020 e 2024.
Há indícios de lavagem de dinheiro no uso de 21 CNPJs ligados a 98 estabelecimentos de uma mesma franquia.
Apesar da movimentação bilionária, as empresas emitiram apenas R$ 550 milhões em notas fiscais e pagaram R$ 25 milhões em tributos federais.
O lucro para os sócios chegou a quase 90 milhões no período.
A Operação Spare cumpre, nesta quinta-feira, 25 mandados de busca e apreensão na capital e nas cidades de Santo André, Barueri, Bertioga, Campos do Jordão e Osasco.
Os suspeitos são investigados por utilizar postos, empreendimentos imobiliários, motéis e lojas de franquia para lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e ocultação de patrimônio.
Os recursos de origem ilícita eram inseridos no setor formal por meio de empresas, seja em espécie ou por maquininhas via fintechs - empresa digital que atua no mercado financeiro.
Depois, o dinheiro lavado era reinvestido em negócios, imóveis e outros ativos.
Mais de 60 motéis ligados ao grupo teriam movimentado R$ 450 milhões, com lucro de 45 milhões.
Ainda com a construção de 14 prédios residenciais em Santos, em 2010, o grupo movimentou R$ 260 milhões.
Com os recursos do esquema, os alvos compraram imóveis e bens de alto valor, incluindo um iate de 23 metros; dois helicópteros; um Lamborghini Urus, avaliado em quatro milhões; além de terrenos de mais de R$ 20 milhões.
A Receita Federal também detectou irregularidades nas declarações de Imposto de Renda, em que membros da família do principal alvo aumentaram o patrimônio em cerca de R$ 120 milhões.
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