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Moraes vota pela manutenção da validade da delação de Mauro Cid

Rádio Agência

09/09/2025 às 11:00

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Na retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus por golpe de Estado, nesta terça-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou por manter a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Cid deu detalhes sobre uma trama golpista que teria atuado para manter o ex-presidente no poder mesmo após a derrota eleitoral em 2022. 

Moraes é o relator do processo e o primeiro a votar no julgamento, que começou na semana passada com as falas da acusação e das defesas dos réus. Entre as alegações, os advogados pediram que a delação de Cid fosse anulada.

Brasília (DF) 09/09/2025 - O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento dos réus do Núcleo 1 da trama golpista Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil Brasília (DF) 09/09/2025 - O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento dos réus do Núcleo 1 da trama golpista Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília (DF) 09/09/2025 - O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento dos réus do Núcleo 1 da trama golpista Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Litigância de má-fé

O ministro Alexandre de Moraes afirmou não ser verdade que o ex-ajudante de ordens deu oito versões para os fatos investigados, conforme afirmaram as defesas.

Ele diz que esse argumento “beira a litigância de má-fé”, ou seja, atuar de forma desonesta no processo. Segundo Alexandre de Moraes, os depoimentos são complementares, e não falam sobre o mesmo fato nem trazem versões contraditórias.

Moraes também rejeitou todas as outras questões preliminares levantadas pelas defesas dos reús, como falta de tempo para analisar as provas apresentadas pela acusação. Preliminares são formalidades do processo questionadas antes que a efetiva culpa dos réus seja analisada.

Próximos passos

Nesta terça-feira, o relator da ação também dá seu voto no julgamento. Até sexta, os demais ministros da Primeira Turma do STF devem votar: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Além de Bolsonaro, são réus o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem; os ex-ministros Anderson Torres, da Justiça, general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, generais Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, ambos da Defesa. Além, é claro, do próprio Mauro Cid.

Com exceção de Ramagem, todos eles são acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. O ex-diretor da Abin responde por 3 dos cinco crimes, pelo fato de ser deputado federal.

*Com informações da Agência Brasil.

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