08/09/2025 às 08:51
Negros e indígenas perdem, em média, mais anos de vida, por causa da dengue e da chikungunya. Essa é a conclusão do novo estudo da Fiocruz, publicado este mês, na revista internacional The Lancet, sobre prática clínica e a política de saúde no continente americano.
Enquanto negros são os que mais perdem anos de vida por causa da chikungunya, os indígenas são os mais afetados pela dengue. Em cada caso, os dois grupos morrem, em média, 22 anos antes do esperado. Muito mais que pessoas brancas, que não passam de 13 anos de vida perdidos precocemente.
De acordo com o líder do estudo, Thiago Cerqueira Silva, os dados ajudam a medir o quanto desigualdades, como barreiras de gênero, raça e classe, impactam a vida de quem adoece por dengue ou chikungunya. O artigo usou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, com mais de 13 milhões de casos de dengue e um milhão de chikungunya, entre 2015 e 2024.
Em relação às regiões do país, jovens do Norte e do Nordeste têm mais anos de vida perdidos pelas duas doenças. O estado de Sergipe se destaca negativamente, segundo o estado, especialmente para casos de dengue.
Pessoas com histórico de doenças, crianças menores de um ano e idosos também são grupos vulneráveis.
Segundo os pesquisadores, políticas públicas contra a dengue e chikungunya podem parecer positivas na média nacional, mas também é necessário cuidar desses grupos específicos da população.
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