A Câmara de Comércio nos Estados Unidos e a Câmara Norte-Americana de Comércio para o Brasil, a maior existente fora dos EUA, pediram que os governos dos dois países entrem em negociação em "alto nível" para evitar a implementação do tarifaço de Donald Trump, anunciado semana passada.
O
posicionamento conjunto das duas câmaras alerta que a imposição das tarifas de 50% às exportações brasileiras, como resposta para questões políticas, pode causar danos graves a "uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos, além de estabelecer um precedente preocupante".
Segundo a nota, o
tarifaço afetaria produtos essenciais para as cadeias produtivas e para os consumidores norte-americanos, aumentando os preços finais e diminuindo a competitividade de setores produtivos estratégicos dos Estados Unidos.
Mais de 6,5 mil pequenas empresas norte-americanas dependem de produtos brasileiros, além de 3,9 mil empresas norte-americanas terem investimentos por aqui. Segundo as duas câmaras comerciais, o Brasil é destino de cerca de US$ 60 bilhões em bens e serviços norte-americanos, a cada ano.
A nota conjunta concluiu pedindo uma solução negociada, que evite a escalada das tarifas e garanta um comércio bilateral vantajoso para os dois países.
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