26/06/2025 às 16:04
O presidente do Banco Central afirmou ver disposição do governo e do Congresso para medidas estruturais para melhorar as contas do país. Gabriel Galípolo falou com a imprensa na manhã desta quinta-feira (26).
A proposta de aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras era uma das apostas do governo para equilibrar o orçamento ainda neste ano. Mas o Congresso Nacional derrubou o decreto presidencial.
Diante desse cenário, Gabriel Galípolo afirmou que o Banco Central vê com bons olhos a discussão de medidas que ajudem a tornar a dívida pública sustentável.
“Em todas as oportunidades que eu tive de interlocução, seja com o presidente Lula, seja com o ministro Haddad, seja com o presidente Hugo, seja com o presidente Davi, sempre encontrei uma disposição muito grande a buscar construir soluções, propostas, pra que se possa apresentar uma sustentabilidade, propostas estruturais pros temas fiscais”.
Sobre a inflação, Galípolo reconheceu que, apesar de estar em trajetória de queda, as projeções seguem acima da meta de 3% nos próximos anos, como mostra o Relatório de Política Monetária. Ele garantiu que o Banco Central segue comprometido com o controle de preços.
“Existem vários caminhos pra gente conseguir atingir o centro da meta. É ela que a gente segue. Nós estamos absolutamente comprometidos com ela. Acho que nossas ações falam por si só, pelo tamanho da intensidade que nós tivemos no ajuste restritivo na política monetária feito nos últimos meses”.
A principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação é a taxa Selic, que está hoje em 15% ao ano. Com juros altos, a economia esfria, o que reduz a pressão sobre os preços.
Galípolo explicou que o Banco Central quer avaliar se já é suficiente para reduzir a inflação. Por isso, foi decidido não aumentar a Selic na reunião de julho.
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