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Cid acusa defesa de Bolsonaro de contatar sua família

Rádio Agência

26/06/2025 às 21:47

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O tenente-coronel Mauro Cid acusou os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro de entrarem em contato com sua filha, sua esposa e sua mãe para interferir na delação premiada do militar.

Cid é peça-chave no inquérito que apura a tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022. As informações são do novo depoimento prestado à Polícia Federal na última terça-feira.

Para a defesa de Mauro Cid, os contatos foram uma tentativa de obstrução de Justiça. A defesa acusa os advogados Paulo Cunha Bueno e Fábio Wajngarten – que também foi secretário de comunicação de Bolsonaro - de buscarem informações sobre a delação e de tentarem convencer Cid a se afastar do procedimento

O advogado Paulo Cunha Bueno teria entrado em contato com a mãe de Cid, Agnes, em um evento em São Paulo. Já Fábio Wajngarten teria feito "intensa tentativa de falar" com a esposa do delator, Gabriela Ribeiro Cid.

Cid ainda afirmou  que Wajngarten e o advogado Luiz Eduardo Kuntz, defensor do militar Marcelo Câmara – também réu na trama golpista –, estavam mantendo contato constante por celular com sua filha menor de idade. Os contatos teriam ocorrido entre 2023 e 2024. Os advogados de Cid entregaram voluntariamente à PF o celular da filha do colaborador.

Para o ministro do STF Alexandre de Moraes, as condutas indicam a suposta prática do crime de obstrução de investigação.

Nessa quarta-feira (25), Moraes determinou que a PF colha depoimentos dos dois defensores de Bolsonaro: Paulo Cunha Bueno e Fábio Wajngarten.

A investigação ocorre no inquérito já aberto por Moraes que apura e Marcelo Câmara e do advogado Luiz Eduardo Kuntz na tentativa de acessar informações da delação de Mauro Cid. Na semana passada, Moraes determinou a prisão de Câmara. 

O advogado Luiz Eduardo Kuntz acusou Cid de ter violado o sigilo de seus depoimentos ao marcar um encontro com ele por meio de um perfil falso nas redes sociais. Kuntz nega qualquer tentativa de obstrução de Justiça.

Pelas redes sociais, Wajngarten disse que “a criminalização da advocacia é a cortina de fumaça para tentar ocultar a expressa falta de voluntariedade do réu delator Mauro Cid e a consequente nulidade da colaboração”.

A reportagem da Rádio Nacional entrou em contato com Paulo Cunha Bueno, mas ainda não obteve resposta.

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