23/05/2025 às 09:02
A Universidade de Brasília, UnB, lançou nesta semana uma plataforma digital dedicada ao mapeamento crítico da literatura produzida no Brasil nos últimos 55 anos. O portal Praça Clóvis traz 230 resenhas sobre romances brasileiros divididos por diferentes seções, como autoria, região e temática.
A seleção das obras considerou critérios como a representatividade estilística, política, regional e temporal, além da repercussão junto a críticos, leitores e outros agentes do campo literário. O objetivo é dar visibilidade e estimular novas leituras e debates sobre a literatura brasileira contemporânea.
A iniciativa desenvolvida ao longo de 3 anos foi idealizada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea sediado na UnB. O trabalho colaborativo envolveu cerca de 300 pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
A doutorando em literatura na UnB e assistente de pesquisa no projeto, Leda Cláudia Ferreira, conta que a ideia surgiu durante a pandemia, diante da percepção de informações escassas e pouco confiáveis sobre literatura na internet. A pesquisadora explica como foi o desenvolvimento do trabalho:
“O processo de desenvolvimento do site, nesses 3 anos, foi bastante intenso, mas também muito prazeroso, porque esse trabalho foi coletivo e colaborativo em todas as suas etapas. Grande parte dos integrantes da nossa equipe é composta por pessoas de várias regiões do Brasil e também de outros países”.
Leda Cláudia Ferreira espera que o projeto Praça Clóvis possa alcançar um grande público:
“A expectativa é grande. Nós queremos muito que o resultado desta pesquisa — que foi feita a tantas mãos e que seguirá em processo permanente de ampliação, de aprimoramento — chegue a muita gente”.
O projeto conta ainda com um comitê científico internacional, integrado por pesquisadores de instituições como Universidade de Oxford, Universidade Sorbonne e Universidade Federal do Amazonas.
O nome Praça Clóvis faz referência à ideia de um espaço público de circulação e convivência de ideias, além de ser uma homenagem à cultura popular, inspirada na canção homônima de Paulo Vanzolini.
Para ler no celular, basta apontar a câmera