23/05/2025 às 14:39
A estrutura de poder na Federação Paraibana de Futebol (FPF) passou por uma alteração significativa. A entidade aprovou uma mudança estatutária que permite a reeleição indefinida de seus dirigentes. A nova redação foi votada e aprovada em assembleia geral extraordinária em dezembro de 2024, mas só veio a público após o registro oficial realizado em 13 de maio de 2025, sem qualquer comunicado anterior à imprensa ou aos filiados.
Com a nova regra, os cargos de presidente e três vice-presidentes passam a ter mandatos de quatro anos, com possibilidade de reeleição por tempo indefinido. O texto revogado anteriormente limitava a apenas uma recondução após o primeiro mandato.
A mudança foi articulada sob a gestão da atual presidente da FPF, Michelle Ramalho, que agora também figura como candidata à vice-presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na chapa encabeçada por Samir Xaud, presidente da Federação de Roraima. A eleição na CBF acontece neste domingo (25), no Rio de Janeiro.
O novo artigo 58 do estatuto é claro ao eliminar qualquer restrição quanto ao número de reeleições, autorizando que uma mesma chapa possa se manter no comando da federação por tempo indeterminado, desde que continue obtendo apoio eleitoral. Para isso, será necessário o aval de ao menos 16 entidades filiadas, sendo obrigatória a combinação de oito clubes profissionais e oito entidades amadoras ou ligas.
O estatuto também amplia os poderes do presidente da FPF, que passa a ter autonomia total para nomear e exonerar diretores, sem necessidade de aprovação dos demais membros da diretoria ou assembleia.
Caso eleita vice-presidente da CBF, Michelle Ramalho poderá permanecer na presidência da FPF por até 180 dias, período no qual poderá acumular os dois cargos. A candidatura dela à confederação conta com o apoio declarado de 25 federações estaduais e dez clubes, e, se vitoriosa, ela se tornará a primeira mulher a ocupar a vice-presidência da entidade máxima do futebol brasileiro.
A mudança estatutária e o cenário de eleição simultânea têm provocado repercussões nos bastidores do futebol paraibano, com analistas e dirigentes discutindo os efeitos institucionais da medida, e o possível impacto sobre a representatividade democrática da federação estadual.
Fonte: Repórter PB
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