25/07/2025 às 13:20
Pedro Cunha Lima, ex-deputado federal ‧ Foto: divulgação
Em entrevista concedida nesta sexta-feira (25) ao programa Arapuan Verdade, o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) sinalizou que a oposição paraibana poderá caminhar com mais de uma candidatura nas eleições de 2026. A declaração vem na esteira do anúncio da aliança entre o senador Efraim Filho (União Brasil) e o PL, com apoio do bolsonarismo, e aponta para um cenário de múltiplas frentes dentro do campo oposicionista.
Para Pedro, esse desdobramento não representa uma ruptura ou fragilidade estratégica. Pelo contrário, ele vê como algo natural dentro do processo democrático, especialmente considerando o modelo de eleições em dois turnos. “Podemos ter duas candidaturas e, ainda assim, manter a coesão da oposição. Isso não é um bicho de sete cabeças. O diálogo entre os partidos continua sendo a principal ferramenta para uma construção sólida”, pontuou.
O parlamentar ressaltou que o bloco oposicionista é composto por diferentes siglas, como MDB, PSD, PL e Podemos, e que qualquer definição sobre a formação de uma chapa única será resultado de uma construção coletiva. “Essa é uma discussão que precisa amadurecer. Em 2022, também tivemos mais de uma candidatura no campo da oposição e, mesmo assim, conseguimos avançar”, relembrou.
Pedro também comentou sua relação com outros líderes da oposição. Destacou que mantém um canal aberto tanto com Efraim quanto com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), este último alinhado com o presidente Lula. “Tenho uma relação respeitosa com ambos. Minha posição nacional é clara: não me identifico nem com Lula, nem com Bolsonaro. Isso pode ser impopular, mas é o que acredito”, afirmou.
Ao ser questionado sobre seu próprio futuro político, Pedro disse que sua candidatura não é uma imposição. “Se eu for útil como candidato, serei. Caso contrário, posso contribuir como ativista, articulador ou militante. Meu compromisso é com um projeto coletivo e com o fortalecimento da oposição”, concluiu.
A fala do deputado reforça a ideia de que o caminho até 2026 será pautado por articulações e composições, mas sem descartar pluralidade de nomes no primeiro turno.
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