02/10/2025 às 19:35
O Programa Paraíba Contra o Câncer começou a realizar as primeiras biópsias percutâneas no Hospital de Trauma de Campina Grande. O procedimento, minimamente invasivo, permite maior precisão na coleta de material e possibilita uma recuperação mais rápida ao paciente. Os primeiros pacientes passaram pelas biópsias nessa quarta-feira (1).
A ação integra o conjunto de estratégias do Governo da Paraíba voltadas para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce do câncer e fortalecer a rede de saúde. A expectativa é atender pacientes que aguardavam o exame como parte fundamental na investigação clínica, oferecendo mais agilidade e eficiência no processo de diagnóstico.
A diretora técnica do Hospital de Trauma de Campina Grande, Suzana Correia, destacou que o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, está ampliando as ações do Programa Paraíba Contra o Câncer para atender ainda mais paraibanos.
Segundo ela, a iniciativa representa um marco para o atendimento oncológico na Paraíba, pois oferece aos pacientes a possibilidade de diagnóstico e tratamento em um serviço que alia tecnologia de ponta a uma equipe especializada, com expertise em procedimentos de radiologia intervencionista, garantindo maior precisão e agilidade no cuidado.
Ainda de acordo com Suzana Correia, os pacientes paraibanos não precisam sair para outro estado e nem custear esse tipo de procedimento, pois, o SUS oferece. “Isso muito orgulha ao Hospital de Trauma de Campina Grande, porque nós temos sim a tecnologia e nós temos sim uma equipe especializada para oferecer para esses pacientes oncológicos esperança de cura e de tratamento”, disse.
O médico radiologista intervencionista, responsável pelos procedimentos, destacou a importância da iniciativa para a população. “A realização dessas biópsias representa um avanço significativo, principalmente para os pacientes que mais precisam. O diagnóstico precoce aumenta as chances de um tratamento eficaz e garante mais qualidade de vida. Nosso objetivo é oferecer acesso rápido, seguro e humanizado”, ressaltou.
Ele explicou ainda que “durante o procedimento, o paciente é encaminhado para a sala de ultrassom ou tomografia, onde, em tempo real, é feita a introdução de uma agulha fina até a lesão suspeita. Dessa forma, são retirados fragmentos sem necessidade de cirurgia aberta. O material coletado é enviado para análise anatomopatológica, que possibilita identificar a presença ou não de câncer, bem como o tipo da doença, permitindo a definição do tratamento mais adequado, como quimioterapia ou radioterapia”
O aposentado Josebel Alves, 74 anos, um dos pacientes contemplados com o procedimento, afirmou que estava muito satisfeito em poder fazer a biópsia sem custos para saber que tipo de problema de saúde ele tem ou não.
"Eu comecei a sentir alguns sintomas que me preocuparam, cheguei até a escarrar sangue. Fui encaminhado para o hospital, fiz uma tomografia e, depois do resultado, me mandaram vir aqui para o Trauma, para fazer essa biópsia. Tenho 74 anos, sou de São Vicente do Seridó, trabalhei muito tempo no garimpo. Estou confiante de que vai dar tudo certo”, disse Josebel.
A recuperação também é considerada um diferencial importante. Enquanto em procedimentos cirúrgicos convencionais o paciente precisaria permanecer internado em enfermaria ou até em UTI, na biópsia percutânea, em cerca de três a quatro horas, se não houver complicações, o paciente já pode retornar para casa.
Fonte: Repórter PB
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