30/09/2025 às 18:34
Em uma decisão considerada histórica e de repercussão nacional, a Justiça da Paraíba concedeu, nesta terça-feira (30), uma tutela de urgência que obriga a Meta (controladora do WhatsApp e Facebook) e as operadoras Vivo, Claro e TIM a adotar medidas imediatas para combater o chamado “golpe do falso advogado”, prática criminosa que há anos causa prejuízos a cidadãos e profissionais em todo o país.
A ação (processo nº 0849344-60.2025.8.15.2001) foi movida pela Associação de Mobilização, Impacto Social, Ambiental e dos Direitos Básicos (AMIB). Um dos pontos que reforçaram o pedido foi a audiência pública realizada na Assembleia Legislativa da Paraíba, em 8 de setembro, por iniciativa do deputado estadual Michel Henrique (Republicanos).
Na ocasião, o parlamentar reuniu autoridades, entidades de classe e vítimas do esquema criminoso, expondo a gravidade e a dimensão nacional do problema. O debate revelou que, mesmo diante de denúncias recorrentes, os golpes continuavam crescendo, o que evidenciava a necessidade de providências urgentes por parte das empresas de tecnologia e telecomunicações.
Para Michel Henrique, a decisão da Justiça paraibana representa um divisor de águas.
“É um marco na defesa da advocacia e da sociedade contra fraudes que abalam a credibilidade das instituições e a confiança nas comunicações digitais”, destacou o deputado.
Medidas impostas às empresas
Além disso, as operadoras de telefonia terão de implantar:
Já a Meta deverá cumprir exigências adicionais, como:
Base jurídica e repercussão
A decisão tem como fundamento o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), firmado no Tema 987 da Repercussão Geral, que estabeleceu o dever de cuidado das plataformas digitais e a possibilidade de responsabilização civil por danos causados por conteúdos ilícitos de terceiros.
Com a liminar, os usuários passam a ter maior expectativa de proteção, transparência e agilidade nas respostas a denúncias. Para Michel Henrique, a medida confirma que o Legislativo, ao ouvir a sociedade, pode provocar mudanças concretas no combate à criminalidade digital.
Fonte: Repórter PB
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