01/10/2025 às 12:47
A polícia italiana conduziu nesta quarta-feira (1º) o ex-assessor Eduardo Tagliaferro a uma delegacia no país. Até o momento, não está claro se houve prisão formal ou se o ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE apenas assinará termo com restrição de locomoção em território italiano.
Tagliaferro ganhou notoriedade ao divulgar acusações contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) e autoridades envolvidas em investigações sobre crimes atribuídos a direita. Em 22 de setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu denúncia contra o ex-assessor por vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete de Moraes.
O caso tem desdobramentos internacionais. No mês passado, o ministro do STF solicitou a extradição de Tagliaferro. Em 20 de agosto, o Ministério da Justiça enviou ao Itamaraty pedido de comunicação ao governo italiano para viabilizar o trâmite. O ex-assessor possui cidadania italiana e viajou ao país, segundo interlocutores, para evitar medidas judiciais no Brasil.
Tagliaferro estava convocado para falar nesta quarta em comissão da Câmara dos Deputados sobre as denúncias que vem divulgando a partir da Itália. Com a condução policial, não há confirmação de que a oitiva será mantida.
Próximos passos
. A eventual prisão ou medida cautelar na Itália dependerá da avaliação das autoridades locais e da documentação encaminhada pelo Brasil;
. O pedido de extradição precisa ser analisado pela Justiça italiana, que considerará requisitos formais, tipicidade dos fatos e tratados aplicáveis;
* No Brasil, a denúncia da PGR seguirá para análise de admissibilidade pelo STF.
Até a publicação deste texto, autoridades italianas e a defesa de Tagliaferro não haviam se manifestado sobre o status da condução e os termos de eventual restrição. Esta reportagem será atualizada quando houver novas informações oficiais.
Fonte: hora brasilia
Para ler no celular, basta apontar a câmera