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Mais de 71 milhões de brasileiros têm nome negativado; recuperação cai 12,5% em 12 meses

O perfil mais comum entre os negativados reincidentes é da faixa etária de 30 a 39 anos (25,81%), com equilíbrio entre gêneros (53,6% mulheres e 46,4% homens)

Da Redação Repórter PB

27/09/2025 às 10:32

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Imagem Inadimplencia no Brasil

Inadimplencia no Brasil ‧ Foto: Divulgação

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A inadimplência voltou a crescer no Brasil em agosto de 2025 e segue em patamares preocupantes. Segundo levantamento da CNDL e do SPC Brasil, 83,95% dos consumidores negativados já haviam aparecido em cadastros de devedores nos últimos 12 meses, confirmando a tendência de reincidência no endividamento.

Ao todo, 71,78 milhões de brasileiros estavam com o nome restrito, o que corresponde a 43,13% da população adulta. Entre os reincidentes, 62,63% ainda não haviam quitado dívidas antigas, 21,32% saíram do cadastro mas voltaram, e apenas 16,05% enfrentaram a restrição pela primeira vez. O tempo médio entre uma dívida vencida e a próxima foi de 75 dias.

O perfil mais comum entre os negativados reincidentes é da faixa etária de 30 a 39 anos (25,81%), com equilíbrio entre gêneros (53,6% mulheres e 46,4% homens).

Recuperação de crédito em queda

Em paralelo, o Indicador de Recuperação de Crédito registrou queda de ‐12,59% em 12 meses, mostrando que cada vez menos consumidores conseguem limpar o nome. O valor médio pago por quem quitou suas dívidas foi de R$ 2.721,26, mas a maioria (56,18%) pagou até R$ 500.

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, o cenário reflete uma “bola de neve” impulsionada pelos juros altos e pela fragilidade econômica das famílias. Já o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, alertou que a queda na recuperação mostra que o sistema atual não consegue solucionar o problema estrutural do crédito:

“Com juros altos, o poder de compra e a capacidade de negociação ficam comprometidos. Sem ações coordenadas entre mercado, Estado e educação financeira, a inadimplência continuará sendo obstáculo ao crescimento econômico e à mobilidade social.”

Fonte: Repórter PB

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