
11/12/2025 às 07:45
A adoção das novas regras para a antecipação do saque-aniversário do FGTS provocou uma queda brusca na procura pelo serviço. Um mês após as mudanças, o volume de pedidos despencou 80%, segundo a Associação Brasileira de Bancos (ABBC). O valor movimentado caiu de R$ 3 bilhões, em outubro, para cerca de R$ 600 milhões em novembro.
A ABBC atribui a maior parte da redução — cerca de 90% — à exigência de antecipações mínimas de R$ 100 por ano. Para parlamentares, especialmente os que integram a Frente Parlamentar de Comércio e Serviços, a medida afeta diretamente trabalhadores endividados, que recorrem à antecipação como alternativa para obter crédito mais barato e quitar pendências.
Durante reunião nesta quarta-feira (10), deputados defenderam articulação para derrubar as novas regras. O grupo pretende buscar o apoio do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e avaliar a apresentação de um decreto legislativo para suspender a norma. Para eles, as restrições limitam o acesso a um recurso garantido por lei.
Representantes do setor empresarial também demonstraram preocupação e pedem diálogo antes de qualquer avanço nas mudanças. Entidades como CACB e Unecs avaliam que a medida cria entraves ao trabalhador e pode comprometer o ambiente econômico.
As regras atuais foram definidas pelo Conselho Curador do FGTS com o argumento de preservar o equilíbrio do fundo. Desde novembro, a antecipação está limitada a uma operação por ano, exige carência de 90 dias para o primeiro pedido e estabelece valores entre R$ 100 e R$ 500 por saque, com teto máximo de R$ 2.500 acumulados.
Fonte: Repórter PB
Para ler no celular, basta apontar a câmera