07/08/2025 às 13:12
Em reação à prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição conseguiu nesta quinta-feira (7) reunir as 41 assinaturas necessárias para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento marca uma virada estratégica dos parlamentares bolsonaristas no Senado, que agora concentram esforços para pressionar o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), a dar andamento ao processo — cuja abertura depende exclusivamente de sua decisão.
O 41º apoio foi confirmado pelo senador Laércio Oliveira (PP-SE), viabilizando o protocolo do requerimento. A partir disso, os líderes da oposição anunciaram o fim da obstrução dos trabalhos no Senado e da ocupação simbólica da Mesa Diretora, iniciada dias antes como forma de protesto contra decisões do Supremo.
“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos debates das pautas que interessam ao Brasil, pautas que interessam a todos, para aquém das questões ideológicas”, afirmou o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), durante entrevista coletiva.
Ao lado de Marinho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou o momento como “histórico” e criticou a atuação de Moraes. “Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites”, afirmou. “Estive com o meu pai ontem [quarta] e é sempre muito duro ver uma pessoa honesta passando por isso tudo. Quando uma pessoa inocente passa por isso, precisa ser muito firme. Ele se mostrou muito forte. A gente sai fortalecido pela força dele”, acrescentou o filho mais velho do ex-presidente.
A oposição avalia que, com a formalização do pedido de impeachment, a pressão sobre Alcolumbre aumentará. Parlamentares do grupo afirmam, nos bastidores, que seguirão mobilizados até que o Senado dê uma resposta institucional à iniciativa. Até o momento, Davi Alcolumbre não se pronunciou oficialmente sobre o tema.
Fonte: hora brasilia
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