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Após operação letal, Rio tem manhã de ruas vazias e tensão

Rádio Agência

29/10/2025 às 09:55

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A cidade do Rio de Janeiro amanheceu com movimento reduzido nas ruas, bem diferente da rotina de uma quarta-feira, em que a circulação de veículos nas principais vias é intensa neste horário. Órgãos públicos, como o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), dispensaram os servidores. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) suspenderam as aulas nesta quarta-feira.

As unidades de saúde que ficam nos complexos do Alemão e da Penha não abrem para pacientes nesta quarta-feira, 29, mas os transportes públicos funcionam normalmente. Às 6h desta manhã, a cidade voltou para o estágio 1, o primeiro em uma escala de cinco, e significa que não há ocorrências de grande impacto. O Rio estava havia 16 horas no estágio 2, devido a bloqueios em diversas ruas, impactando a circulação de ônibus e a locomoção das pessoas.

Dezenas de mortos

Rio de Janeiro (RJ), 28/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil Rio de Janeiro (RJ), 28/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 28/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil - Tomaz Silva/Agência Brasil

Este é o retrato do dia seguinte da operação policial mais letal na cidade, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte, e que contabilizou, no primeiro momento, 64 mortos, incluindo quatro policiais.

No entanto, em uma área de mata no Alemão, onde houve o pior confronto entre bandidos e agentes de segurança, foram encontrados dezenas de corpos, resgatados por moradores e expostos em uma praça do complexo de favelas. Nesta madrugada, mais seis corpos encontrados também na área de mata, no Complexo do Alemão, foram levados por moradores, em uma kombi, para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.

Em represália, criminosos da facção alvo da operação determinaram o fechamento do comércio em vários bairros e usaram ônibus e barricadas para bloquear o trânsito nas principais vias, na tarde desta terça-feira, 28. A volta para casa de trabalhadores foi caótica, como relata a professora da rede municipal, Marise Flor:

“Eles atravessaram o caminhão, aquela via que passa para ir da Taquara para ir para Realengo, e aí não teve como ele passar. Mas graças a Deus agora eu estou em casa. Acho que conforme a adrenalina foi baixando, eu fui me acalmando. Só quem passa isso é que sabe. Foi desesperador.”

O governador Cláudio Castro se reúne nesta quarta-feira com a cúpula da Segurança Pública para tratar da Operação Contenção, que prendeu 81 criminosos e apreendeu 93 fuzis nos complexos do Alemão e da Penha. Em seguida, Castro vai conversar, por vídeo, com governadores de diversos estados.

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