02/10/2025 às 13:46
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, defendeu nesta quinta-feira (2) medidas drásticas e unificadas no país na luta contra o feminicídio. Cerca de 1.500 mulheres foram assassinadas em 2024, número recorde. Apenas de janeiro a junho deste ano, foram quase 720 casos.
Em participação no programa "Bom Dia, Ministra" da EBC, Márcia Lopes afirmou ser inadmissível que até hoje mulheres sejam mortas apenas por serem mulheres. Para ela, é preciso romper esse ciclo de violência.
"A banalização, o machismo, essa ideia do poder dos companheiros, dos agressores, dos parceiros das mulheres e a gente sabe que há um contexto histórico aí sempre muito pesado em relação às violências. Nós temos que dialogar e descobrir formas mesmo, seja penas mais pesadas, seja campanhas de conscientização, formação, inclusão dos conteúdos nas escolas".
Para a ministra, é necessário fortalecer os direitos, além de garantir independência econômica e financeira para as mulheres.
"Para que a gente não tenha violência contra mulher, é preciso que as leis sejam respeitadas, que a lei de igualdade salarial seja colocada em prática para a mesma função, o mesmo salário. E quanto mais equipamentos, serviços as mulheres tiverem, isso dá para ela o tempo livre, o tempo dela continuar podendo participar da vida da comunidade, dela poder estudar e todo tipo de prevenção".
Márcia Lopes destacou ainda a importância de políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres, como a Casa da Mulher Brasileira e o Ligue 180. O canal é gratuito e funciona 24 horas por dia. Em 2025, recebeu mais de 70 mil denúncias de vítimas de crimes.
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