31/07/2025 às 13:26
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 31, que as negociações com os Estados Unidos estão em um ponto de partida mais favorável, mas ainda longe do ponto de chegada.
Para Haddad, é preciso corrigir injustiças e os diversos efeitos colaterais da medida. Ele destacou que a diplomacia brasileira conseguiu demonstrar o impacto negativo da taxação sobre os trabalhadores brasileiros e os consumidores americanos.
Mas nós estamos longe do ponto de chegada. Estamos num ponto de partida mais favorável do que se imaginava, mas longe do ponto de chegada. Há muita injustiça nas medidas que foram anunciadas ontem. Há correções a serem feitas. Há setores afetados que não precisariam estar sendo afetados, aliás, nenhum a rigor. Mas há casos que são dramáticos, né, que deveriam ser considerados imediatamente.
O ministro anunciou um novo encontro com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, para uma segunda rodada de negociações e adiantou que o Brasil irá recorrer a todas as instâncias.
E levar às autoridades americanas os nossos pontos de vista e, obviamente, vamos recorrer nas instâncias devidas, tanto Nos Estados Unidos quanto nos organismos internacionais, no sentido de se sensibilizar que isso não interessa não é ao Brasil, não interessa à América do Sul, nós estamos no mesmo continente, nós temos que buscar mais integração.
Segundo o ministro, as tarifas de alguns itens ainda podem ser revistas.
A primeira coisa que eu disse quando foi anunciado o tarifaço foi: “Olha, vão pagar mais caro o café da manhã, porque era suco de laranja, era café, era carne, né? Então, imaginava que alguma dessas coisas iam ser revertidas, né? Como foram. Agora, nada do que foi decidido ontem não pode ser revisto. Nós vamos poder sentar e, de novo, essa semana é o começo de uma conversa mais racional, mais sóbria, menos apaixonada.
Haddad também informou que o governo irá divulgar nos próximos dias medidas de apoio à indústria, ao agronegócio e ao emprego. Essas ações previstas em um plano de contingência serão ajustadas conforme a taxação anunciada pelos Estados Unidos. Os atos já estão em preparação no Ministério da Fazenda e, em seguida, serão enviados para a Casa Civil.
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