21/07/2025 às 17:10
O presidente Lula defendeu, nesta segunda-feira (21), a necessidade de reduzir as desigualdades sociais para defender a democracia. A convite do presidente do Chile, Gabriel Boric, Lula se reuniu com os líderes do Uruguai, da Colômbia e da Espanha, em um encontro para discutir a defesa do regime democrático e formas de enfrentar a desinformação.
Lula afirmou que América Latina, Caribe e Europa têm laços econômicos e sociais e devem atuar juntos no combate ao extremismo intervencionista:
“Enfrentamos desafios semelhantes no enfrentamento da discriminação racial, da xenofobia e da mudança de clima. Também nos une a promoção e a proteção dos direitos humanos. Nesse momento, em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos. A defesa da democracia não cabe somente aos governos. Requer participação ativa da academia, dos parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado.”
O presidente brasileiro destacou que o mundo assiste a uma ofensiva do extremismo de direita, que flerta com o fim da democracia e das liberdades individuais. Lula também defendeu a regulamentação das redes sociais:
“Concordamos sobre a necessidade de regulamentação das plataformas digitais e do combate à desinformação, para devolver ao Estado a capacidade de proteger os seus cidadãos. A chave para um debate público livre e plural é a transparência de dados e uma governança digital global. Liberdade de expressão não se confunde com a autorização para incitar a violência, difundir o ódio, cometer crimes e atacar o estado democrático de direito.”
Entre os temas na pauta da reunião de alto nível estão o multilateralismo, a redução das desigualdades sociais e o combate à desinformação nas tecnologias digitais.
Boric defende união em defesa da democracia
O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que os países, juntos, têm que buscar respostas para a defesa da democracia:
“A democracia, como bem diziam nossos colegas, tem que entregar resultados, melhorar as condições de vida dos nossos povos. Por isso, falamos de resiliência diante da crise climática e de como combatê-la com novas energias. Por isso, falamos de crescimento, de como conseguimos crescimento com justiça.”
Um novo encontro para discutir a democracia está marcado para setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Gabriel Boric confirmou que México, Honduras, Inglaterra, Austrália, Canada, África do Sul e Dinamarca já confirmaram presença para este encontro.
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