20/07/2025 às 11:02
Com o tema “A Feira das Feiras”, o evento começou no dia 9 de julho e evoca as feiras livres comuns no Norte e Nordeste do Brasil.
Entre os artesãos que participam do evento, há representantes da Turquia, Japão, África do Sul e Rússia. Do Brasil, o destaque é a presença de diversas etnias indígenas que comercializam trabalhos manuais e difundem culturas e saberes entre os visitantes da feira.
Indígenas estão distribuídos por todo o pavilhão. As etnias de Pernambuco se concentram na Rua 18: são os Funil-ô, Atikum, Xukuru, Pankará, Kapinawá, Kambiwá, Truká e Pankararu.
O item mais vendido pelo artesão Luiz Carlos Frederico é o fineho, apito que reproduz sons de pássaros e é produzido pela etnia Funil-ô, de Águas Belas (PE).
“Isso é muito simbólico para a gente, pois os pássaros têm uma representatividade muito importante na nossa cultura. São eles, por exemplo, que sinalizam quais frutos podemos comer na natureza. E apitar durante a Fenearte é uma forma de nos comunicarmos com eles, pedindo paz e harmonia para o evento”, disse Luiz.
Maria da Saúde Batalha, da etnia Pankararu, de Petrolândia (PE), confecciona bijuterias indígenas e comercializa roupas de cama, mesa, banho e redes em algodão cru.
“Ainda não coloquei na ponta do lápis, mas a renda sempre é muito boa. Mais do que vender, o que mais me dá prazer é estar aqui representando meu povo. Quando apareço na internet ou nas filmagens da imprensa, minha família da aldeia me liga feliz, comemorando que saímos em algum lugar. A minha maior felicidade é poder trazer o nome e a tradição do meu povo para o Recife e para outras regiões”, disse Maria.
Dilma Terena, do povo Terena, do Mato Grosso do Sul, expõe peças em argila. Ela vendeu as 50 obras que trouxe para a feira.
“Eu não achava que ia vender tudo tão rápido assim. É a primeira vez que saio do meu estado, que viajo de avião e que participo de uma feira desse tamanho. Estou muito feliz e espero voltar no próximo ano”, disse Dilma.
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