Em dia cheio, Alckmin tem encontro com representantes de big techs

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reuniu-se, nesta segunda-feira (21), no Palácio do Planalto, com representantes das chamadas big techs. A pauta da reunião era discutir a investigação comercial iniciada pelo governo de Donald Trump contra o Brasil e a regulação da atuação das grandes empresas de tecnologia em território brasileiro.

Após a reunião, Alckmin afirmou que as provedoras defenderam um “Pix para todos”, abrindo a possibilidade de também oferecerem pagamentos instantâneos em suas plataformas. Questionado pela imprensa se as companhias de tecnologia se queixaram do Pix, sistema que entrou na mira dos Estados Unidos por supostas “práticas comerciais desleais do Brasil”, Alckmin disse que as empresas não demonstraram preocupação com o sistema de pagamentos brasileiro e ressaltou que o Pix é um sucesso absoluto:

“O Pix facilitou enormemente a vida das pessoas, e nada impede que a forma de pagamento, outras empresas também participem. O que que é importante? É que tem que ser de graça. O Pix é um sucesso porque você não paga e ele é rápido.”

Sobre a fala do presidente Lula de que vai cobrar imposto das empresas americanas de tecnologia, Alckmin declarou que o assunto não foi debatido.

Tarifaço

Ao longo do dia, o vice-presidente também recebeu dirigentes do setor agropecuário, da indústria e da mineração, que serão afetados pela imposição da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Sobre o assunto, Alckmin lembrou que o governo brasileiro mantém conversas com o governo norte-americano pelos canais institucionais e de forma reservada.

Acordo Mercosul-União Europeia

Outro compromisso do vice-presidente foi com a Comissão do Comércio Internacional do Parlamento Europeu, para tratar do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, discutido há mais de 20 anos e que se tornará o maior acordo comercial entre dois blocos do mundo.

“Nós estamos falando de US$ 22 trilhões, 27 países europeus. Entendo que esse acordo é extremamente importante, do ponto de vista econômico, do ponto de vista empresarial, do ponto de vista de investimentos, do ponto de vista de comércio e do ponto de vista geopolítica. É uma mensagem muito forte de apreço pela democracia, pela paz, pelo livre comércio, pelo multilateralismo”, destacou.

Geraldo Alckmin avaliou de maneira positiva a reunião com os parlamentares da União Europeia e acredita que o acordo deve ser assinado até o final do ano.