13/07/2025 às 16:11
O Brasil vai tentar reverter a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos, a partir do dia 1º de agosto, anunciada na semana passada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Foi o que afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin, neste domingo (13), durante inauguração de um viaduto na Região Metropolitana de São Paulo. Alckmin comentou sobre a medida de reciprocidade para dar uma resposta à situação nos próximos dias.
“O Congresso aprovou uma lei chamada de reciprocidade, dizendo: o que tarifar lá, tarifa aqui. Ela precisava ser regulamentada. A regulamentação deve estar saindo amanhã ou terça-feira”, disse o vice-presidente.
Geraldo Alckmin ressaltou que o aumento de tarifas não se justifica, porque os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil. E acrescentou que não há cobrança de qualquer imposto para oito dos dez produtos americanos mais exportados para o território brasileiro. O vice-presidente disse ainda que o aumento nas tarifas vai prejudicar o consumidor norte-americano.
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Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, defendeu que é preciso estabilidade entre as nações para o crescimento econômico de todos: “temos 200 anos de amizade com os Estados Unidos. Então não se justifica. E o mundo econômico precisa de estabilidade e previsibilidade. Nós vamos trabalhar para reverter”.
O vice-presidente disse que nos próximos dias vai se reunir com o setor privado da agricultura, como o do café, da laranja e da carne; e da indústria, como o setor do aço, produtos exportados aos americanos, para discutir a situação.
Alckmin não descartou a possibilidade de o Brasil acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) para reverter a sobretaxação anunciada.
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