Sousa/PB - 
16/05/2025 às 19:49
O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou, nesta sexta-feira (16), a restrição da exportação de aves de todo o país para China e a União Europeia, após a identificação de um foco de gripe aviária na cidade gaúcha de Montenegro. Agora à tarde, a Argentina também suspendeu a importação de aves brasileiras.
Mas o Ministério esclarece que não há restrição generalizada para exportação de aves criadas no Rio Grande do Sul. Isso porque há acordos sanitários internacionais que reconhecem o princípio da regionalização, restringindo a exportação apenas aos 10 quilômetros de raio do foco de gripe aviária.
Além disso, alguns outros países que restringem a exportação apenas no limite do município ou estado. Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas já aprovaram esse princípio de regionalização em relação à gripe aviária.
O Ministério da Agricultura reforça a importância de se reconhecer a regionalização para esses casos, já que o Brasil é o maior produtor e exportador de aves do mundo e tem dimensões continentais, com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, mas a decisão de restrição de exportação de todo o país respeita acordos já firmados com a China e a União Europeia.
O governo brasileiro ainda reforça o compromisso do país em seguir rigorosamente os protocolos internacionais estabelecidos, garantindo a segurança e confiança dos parceiros comerciais.
O Ministério da Agricultura também tranquilizou a população brasileira em relação à segurança dos produtos aviários brasileiros, ressaltando que não há qualquer restrição ao consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus é baixo, ocorrendo, na maioria dos casos, entre tratadores com contato intenso com aves infectadas.
O governo assegura que já foram adotadas as medidas de contenção e erradicação do foco, como abatimento de todas as aves da granja onde o vírus foi encontrado e levantamento de barreira sanitária.
Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal e a Associação Gaúcha de Avicultura disseram haver total transparência em relação à identificação, comunicação e contenção da situação, que, segundo elas, é pontual e não representa risco ao consumidor.
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