Zenildo desabafa: “A política adora a traição, mas jamais perdoará os traidores”; Começa uma nova história

A última entrevista coletiva do ano de 2022 realizada pelo Prefeito Fábio Tyrone (PSB) na Cidade de Sousa nesta sexta-feira (23), continua repercutindo pelo fato das falas das autoridades serem as mais esperadas, pós-rompimento político dos grupos aliados no âmbito municipal.

O vice-prefeito, Zenildo Oliveira, ao final da coletiva, disse que todos os Jornalistas, Radialistas, profissionais da Imprensa, presentes aquele momento, presenciaram um pouco da história política sousense ao vivo sendo “contada, esmiuçada, dissecada com a verdade pura e cristalina dos fatos envolvidas com verdade das personalidades de capacidade de liderarem essa cidade, a parte politica, sendo reais, e verdadeiras”.

Zenildo ao se referi ao fato da ruptura das lideranças politicas que formavam a aliança histórica de 16 anos em Sousa, e motivada por uma eleição de mesa diretora de Câmara de Vereador, se desfez igual à fumaça, completou uma frase de Leonel Brizola, fundador do PDT no Brasil, justamente o partido que em tese teria sido a causa da cizânia: “A política adora a traição, mas jamais perdoará os traidores”.

O vice-prefeito seguiu sua fala lembrando que “tem algumas vitórias na vida, que a gente acha que é vitória, mas quando o objetivo maior é vencer a guerra, a batalha, conquistar alguns espaços podem ser grandes derrotas”. 

Zenildo se reportou ao posicionamento do Prefeito Fábio Tyrone a respeito das questões politicas locais,  ao assumir de público a liderança, o comando de um novo momento que se forma no cenário municipal de pulso firme, sem fraquejamento nos pontos fundamentais deste novo recomeço.

Batendo na mesa de punhos fechados, Zenildo declarou com voz audível que “em um momento (da eleição da mesa diretora da Câmara) que poderia ser tão simples, ele (Tyrone), buscou preservar a sua palavra, aquilo que foi combinado, aquilo que foi acordado”.

Revelando os bastidores das conversas que envolveram os problemas políticos, somados a disputa da presidência da Câmara de Vereadores, também ligada a disputa interna de lideranças devido à eleição municipal de 2024, Zenildo  disse que suas ações sempre foram para o que era melhor para Sousa.

Voltando ainda a dar socos na mesa, Zenildo replicou no pronome pessoal que suas atitudes nesta conjuntura politica “sempre foram para o que era melhor para a minha Terra, para o meu povo”.

— Chamei o Prefeito e disse: quer que eu desista da minha candidatura para que esse povo não deturpar, e não conturbar o Governo? O Governo é maior do que eu, meu amigo. Eu disse isso quando começou a se politizar essa eleição naquela coletiva que aconteceu lá na STTRANS. Passei então quase três meses sem falar em Rádio, por quer o Governo é maior do que eu. Não vou deixar o governo se contaminado por uma eleição que ainda tinha a eleição de Governador, explicou.

Zenildo continuou a sua fala, e reportou-se a unidade do Grupo que sempre fez uma política verdadeira, rodeados de amigos, companheiros, que com altivez nunca “se baixaram a argumentos não republicanos. Vencemos porque defendemos a causa que me chamaram a acordar”, completou.

O Ponto convergente da palavra do vice-prefeito, Zenildo foi ao declarar que sempre quando conversava com os seis vereadores da base aliada sobre a mesa diretora da Câmara, a confirmação que caberia neste Grupo era que o acordo entre legendas fosse cumprindo, e que o nome do presidente do Poder Legislativo para o próximo biênio seria do PTB. “A minha defesa foi sempre essa”.

Diante da pressão que se formou após a ruptura politica entre as lideranças, entre os aliados que continuam no governo, Zenildo mandou o recado dizendo que não se preocupassem, passem um “grande natal”, um “grande ano novo”, por quer todos faziam parte desta história, “vocês funcionários de todas as Secretárias”, em defesa que não haveria demissões sem justa causa.

Com esses gestos, e com batida de mesa, Zenildo deixou claro o seu posicionamento, externou seu descontentamento com tudo que estava ocorrendo com o Grupo politico que começou em 2008 com João Estrela, Fábio Tyrone, e Lindolfo Pires, conquistando a Prefeitura por 121 votos em 2009 do candidato da Prefeitura, André Gadelha na época.

Em 2012, Tyrone não concorreu a reeleição. André Gadelha venceu com apoio de Zenildo a eleição de prefeito que o Deputado Lindolfo Pires disputou. 

Em 2015, Zenildo se lança pré-candidato a Prefeito em carreira solo, fez uma pré-campanha inteligente, e neste percurso, se reconciliou com o Fábio Tyrone de um problema pessoal e empresarial, e terminou sendo vice-prefeito na eleição de 2016 com apoio de todos, inclusive, João Estrela, e Lindolfo Pires.

Atualmente, Zenildo foi declarado pelo Prefeito reeleito em 2020, Fábio Tyrone como pré-candidato a sucessão. O também aliado, Gilberto Gomes Sarmento, declarou publicamente que tinha a pretensão de concorrer a vaga de prefeito. Então, iniciou neste intervalo, uma disputa de ego interno. Veio a eleição da Mesa Diretora da Câmara. O Vereador Novinho de Carlão que foi votado por Gilbertão anuncia sua candidatura à presidente.

Houve a cobrança de acordo entre o PDT/PTB que se cumprisse para o biênio de 2023/2024. Novinho do PDT trabalhou, conseguiu os votos, e se elegeu presidente com apoio de nove Vereadores, incluindo os oposicionistas no dia 07 de dezembro, data que oficializou o rompimento politico deste Grupo que venceu sucessivas eleições, quer municipal, ou estadual deste 2008.

Agora, Zenildo tem um caminho mais aberto para o seu projeto de suceder o amigo, prefeito, Fábio Tyrone em 2024, sem claro, algumas personalidades que estavam neste barco há 16 anos, porém com um detalhe, contudo, Governo Municipal, e Estadual.  

 
Nelson Ned, o pequeno Gigante, um dia cantou:

“Mas tudo passa, tudo passará
E nada fica, nada ficará
Só se encontra a felicidade
Quando se entrega o coração”

Sem mais comentários! 2024 está bem ali! 

Tenho Dito

Pereira Jr.

Analista, articulista politico, editor responsável pelo Portal REPORTERPB.