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Reprovação de Janja atinge 61% e aprovação cai a 23%, diz PoderData

Desde setembro de 2022, a proporção dos que afirmam conhecê-la subiu de 63% para 89%

Da Redação Repórter PB

05/10/2025 às 07:11

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Imagem Primeira Dama do Brasil, Janja Lula da Silva

Primeira Dama do Brasil, Janja Lula da Silva ‧ Foto: instagram

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A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, registrou 61% de reprovação entre os eleitores que dizem conhecê-la, segundo pesquisa PoderData realizada de 27 a 29 de setembro de 2025. O movimento representa alta de 11 pontos em relação a junho e é o maior índice desde maio de 2024. A aprovação da atuação de Janja no governo caiu para 23%, o nível mais baixo da série, enquanto 16% não souberam responder.

A visibilidade da primeira-dama aumentou de forma consistente ao longo dos últimos anos. Desde setembro de 2022, a proporção dos que afirmam conhecê-la subiu de 63% para 89%. Entre esses, 38% dizem conhecê-la bem e 51% afirmam saber quem ela é “de ouvir falar”. Apenas 11% dos entrevistados ainda não a conhecem.


Os dados foram colhidos com 2.500 entrevistas em 178 municípios, margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de confiança. O levantamento aferiu a percepção da primeira-dama no contexto de uma agenda pública intensa e de frequentes repercussões nas redes sociais, o que reforça sua exposição e, por consequência, sua avaliação.

Embora não ocupe cargo oficial, Janja tem atuado em frentes simbólicas e diplomáticas da gestão. A primeira-dama visitou mais de 35 países desde o início do governo, em alguns casos sozinha, o que ampliou seu protagonismo e, ao mesmo tempo, a cobrança por critérios de transparência e delimitação de papéis.

Em episódios recentes, sua presença no debate público suscitou reações divergentes. Após medidas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos, Janja repostou nas redes uma nota oficial com a frase “Nunca seremos Brazil”, numa crítica à forma como o país é referido no exterior, o que gerou ampla repercussão.

No campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que levaria Janja a uma eventual reunião com Donald Trump, sublinhando a parceria pessoal e política. Ao mesmo tempo, reportagem do Poder360 atribuiu a ela influência no controle de ligações recebidas por Lula no Palácio da Alvorada — prática que desperta críticas por ocorrer sem vínculo formal com a administração.

A combinação de alta exposição internacional, engajamento nas redes e participação percebida em rotinas do Palácio ajuda a explicar o paradoxo captado pela pesquisa: quase todos conhecem a primeira-dama, mas cresce a rejeição entre os que a conhecem. Em séries históricas, a correlação entre notoriedade e polarização costuma aumentar à medida que figuras públicas acumulam decisões, gestos simbólicos e declarações com efeito político.

Para o governo, os números sugerem necessidade de ajuste de estratégia: calibrar a presença de Janja em agendas externas e digitais, delimitar fronteiras institucionais e comunicar objetivos e resultados de sua atuação. Para a oposição, os dados reforçam o argumento de que a primeira-dama teria extrapolado o papel protocolar; para aliados, a capilaridade de Janja no debate público é um ativo em causas sociais e diplomacia cultural.

O fato novo nesta rodada do PoderData é a convergência de três vetores: reprovação recorde entre quem a conhece, aprovação mínima da série e visibilidade elevada. Com 2026 no horizonte e a agenda internacional ainda aquecida, a gestão do capital político de Janja — e seus limites — tende a permanecer no centro do cálculo do Planalto.

Fonte: hora brasilia

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