28/05/2025 às 12:15
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (28) a sétima fase da Operação Sisamnes, que resultou na prisão preventiva de cinco pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa especializada em espionagem, monitoramento e planejamento de homicídios por encomenda. A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tem como pano de fundo investigações que envolvem compra e venda de decisões judiciais no Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os alvos da operação seriam integrantes do grupo que se autodenominava "Comando C4 (Comando de Caça-Comunistas, Corruptos e Criminosos)", uma rede que, segundo as investigações, atuava com estrutura paramilitar e finalidade política e econômica.
As prisões ocorrem também no contexto da apuração sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri, executado em 2023, em Cuiabá (MT). A PF aponta que o crime tem conexão direta com o esquema criminoso.
Durante a ação, os agentes apreenderam documentos e materiais que descrevem, com alto grau de organização, operações de inteligência clandestina, incluindo um tabelamento de preços para serviços de espionagem. De acordo com a Polícia Federal, os valores variavam conforme o perfil do alvo:
> Cidadãos comuns: R$ 50 mil
> Deputados federais: R$ 100 mil
> Senadores: R$ 150 mil
> Ministros ou magistrados do Judiciário: R$ 250 mil
O dossiê detalha ainda a logística dessas ações: uso de veículos com placas frias, rastreamento via satélite, disfarces como perucas e bigodes, e até o uso de acompanhantes como isca para atrair os alvos.
Também foram identificados armamentos e táticas de guerra como fuzis de precisão (sniper), lança-roquetes, explosivos com acionamento remoto, minas magnéticas e equipamentos similares a armamentos de captura de animais.
A Polícia Federal classificou o grupo como uma estrutura criminosa altamente perigosa, com atuação articulada para interferir em instituições democráticas por meio da intimidação e eliminação de autoridades públicas. As investigações seguem em andamento para identificar eventuais financiadores e possíveis conexões com outros núcleos de atuação clandestina.
Fonte: Repórter PB
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